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Batalha

Mosteiro da Batalha registou quase 400 mil entradas em 2023

“Apesar de os índices de turismo em Portugal serem este ano maiores dos que os de 2019, a verdade é que as visitas aos monumentos não estão a aumentar na mesma proporção”, frisou o diretor do monumento.

O número de entradas no Mosteiro da Batalha em 2023 deve rondar as 400 mil, disse ontem o diretor do monumento, Joaquim Ruivo.

Terceiro mais visitado em Portugal nos últimos anos, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, distrito de Leiria, está ainda a recuperar dos efeitos da pandemia e vai superar o número de entradas registado em 2022 (288.386 visitantes).

Mas ficará longe da procura nos anos de 2019 ou 2017, admitiu aquele responsável.

“Em 2023, devemos ficar entre os 300 mil e muitos e os 400 mil visitantes”, quando, antes da pandemia, foram registados 416.793 visitantes em 2019, constituindo 2017 o melhor ano de sempre do monumento, com 492.045 entradas.

O diretor do Mosteiro da Batalha lamentou não se ter recuperado totalmente a afluência de antes da pandemia, identificando essa tendência relativa também a outros monumentos nacionais.

“Apesar de os índices de turismo em Portugal serem este ano maiores dos que os de 2019, a verdade é que as visitas aos monumentos não estão a aumentar na mesma proporção”.

Em todo o caso, notou Joaquim Ruivo, na Batalha, “como no Mosteiro de Alcobaça”, não são contabilizadas as entradas, gratuitas, na igreja.

“Somos um dos monumentos mais visitados do país. [Antes da pandemia], se contássemos as entradas na igreja, teríamos acima de 700 mil visitantes. Não os conseguimos contabilizar, mas é um trabalho que ainda gostaríamos de fazer”, acrescentou.

Entretanto, com a reorganização da gestão do património cultural em Portugal, o cargo de diretor do Mosteiro da Batalha terá de ir novamente a concurso.

Joaquim Ruivo, que está à frente do monumento desde 2013 e que tinha sido reconduzido em junho deste ano, faz depender do calendário do novo concurso o interesse numa recandidatura.

“Estou a um ano e sete ou oito meses da aposentação. Tudo depende de, se efetivamente, a nova entidade pública empresarial [que entra em funções a 1 de janeiro de 2024] conseguir ativar os concursos dos 30 e tal diretores [dos monumentos nacionais], no tempo que a lei prevê. Se acontecer até junho, eu concorro. Se se atrasar até ao fim do ano, por exemplo, já não se justifica”, disse hoje, na apresentação do plano de mediação cultural e serviço educativo do Mosteiro da Batalha para 2024.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha (Leiria), resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.

O monumento celebra neste mês de dezembro 40 anos de inscrição na lista do Património Mundial da UNESCO.

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