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Ambiente

Plano de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros pode custar 76 milhões

O plano estratégico assenta em valores como a participação, a partilha e a cooperação, e tem como objetivo garantir a conservação do património natural e cultural do PNSAC

A proposta de Plano de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros de Ourém – Torres Novas, com custo estimado de 76 milhões de euros, foi apresentada sexta-feira, dia 5, em Santarém.

A proposta do plano de cogestão tem como missão promover, valorizar e proteger o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), as suas gentes e os seus costumes.

O plano estratégico assenta em valores como a participação, a partilha e a cooperação, e tem como objetivo garantir a conservação do património natural e cultural do PNSAC.

Este projeto tem um custo estimado de 76 milhões de euros, e envolve sete municípios, 27 freguesias, duas direções regionais de agricultura, quatro grupos de ação local e duas regiões do turismo.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, admitiu que o projeto é “muito ambicioso”, e que já foram realizadas reuniões com várias entidades para garantir o financiamento necessário para a sua implementação.

O autarca reconheceu, contudo, que face ao elevado custo da iniciativa, é provável que nem todos os projetos incluídos possam ser concretizados.

Um dos objetivos passa por criar dinâmicas participativas e inovadoras que promovam o desenvolvimento económico e social e aumentem a visibilidade e a atratividade do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Para o efeito, os municípios e as entidades pretendem desenvolver uma série de atividades na área da promoção, comunicação e sensibilização.

Na área da promoção, o objetivo passa por recuperar uma série de infraestruturas, promover a fixação de jovens no território, realizar festivais gastronómicos por toda a região, criar um portal com o objetivo de divulgar os diferentes tipos de equipamentos turísticas do território e ainda promover a transição climática e a neutralidade carbónica.

Ao nível da comunicação e sensibilização estão pensadas ações de formação sobre boas práticas do território e ações de educação ambiental direcionados para os mais jovens.

As entidades também têm como objetivo aproximar as populações e o público em geral ao PNSAC e fomentar não só o sentido de pertença, mas também a identificação das comunidades locais.

O desenvolvimento sustentável, a valorização dos produtos locais e o desenvolvimento do turismo foram outras das intenções mencionadas pelos municípios.

O vereador com pelouro do ambiente, Nuno Russo, referiu que o projeto é resultado de um “trabalho árduo de muitas entidades”, e que o documento tem como objetivo “defender, preservar e promover todo o território”.

A engenheira Geóloga do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas Lia Mergulhão destacou a importância deste projeto na área da conservação através de um conjunto de medidas “vocacionadas para a proteção dos diferentes espaços” da serra de Aires e candeeiros.

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, abrange parte significativa do Maciço Calcário Estremenho, que corresponde a uma zona de cotas superiores a 200 m que se destaca das áreas circundantes com altitudes que variam entre 100 e 200 m. Abrange os concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas. Integra o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém – Torres Novas.

Este documento encontra-se em consulta pública até ao dia 22 de janeiro.

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