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Desporto

Matias Canhoto diz que competir na prova de Peniche é como jogar com Messi e Ronaldo

O estreante, de apenas 17 anos, foi convidado na terça-feira pela organização para a vaga deixada em aberto por Kelly Slater.

Matias Canhoto no Campeonato do Mundo de Juniores, em 2023 Peniche Surfing Clube

O surfista português Matias Canhoto, chamado à última hora para substituir o lesionado Kelly Slater, considerou hoje que competir em Supertubos com a elite mundial é semelhante a jogar futebol com os astros Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

“É uma grande oportunidade. Quero aproveitar ao máximo. Isto é a mesma coisa que estar num jogo de futebol e estar com o Messi e o Ronaldo no banco. É igual”, disse aos jornalistas o jovem de Peniche, depois de avançar para a terceira ronda do campeonato da Liga Mundial de Surf (WSL) que decorre em Peniche.

O estreante, de apenas 17 anos, foi convidado na terça-feira pela organização para a vaga deixada em aberto pelo norte-americano, 11 vezes campeão do mundo, que, depois de surfar nas duas primeiras etapas do circuito principal da WSL no Havai, se ressentiu de uma lesão na anca e abdicou de participar na prova de Supertubos.

“Ontem [terça-feira] à noite estava em casa a jantar, bem tranquilo, à espera que o campeonato começasse, queria vir aqui ver, até que o Francisco Spínola [responsável da WSL] ligou a dizer que um surfista estava lesionado e que havia a possibilidade de eu entrar no campeonato. Logo aí, já não consegui acabar o jantar, os nervos começaram logo a correr, e já quase nem consegui dormir, a pensar que este é o maior evento que já me aconteceu na vida. E estou muito contente por estar aqui em casa a competir”, revelou.

O jovem de Peniche ficou no segundo posto da terceira bateria da primeira ronda, com um total de 6,80 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (5,00 e 1,80), atrás do australiano Callum Robson (9,17) mas à frente do norte-americano Griffin Colapinto (4,83), garantindo um lugar na terceira ronda.

Sorte diferente teve Joaquim Chaves, que também foi convidado para competir na 15.ª edição do Meo Rip Curl Pro Portugal, e que vai ter que enfrentar as repescagens, mas que nem por isso perdeu a motivação, até porque tem mais uma oportunidade para mostrar o seu potencial.

“É sempre um orgulho. Dei o meu máximo. Desta vez, não deu para passar, mas a minha sorte é que ainda tenho outra oportunidade na ronda de eliminação. Vou continuar focado e a dar o meu máximo e vamos ver o que acontece”, lançou o atleta de 20 anos.

Na sexta bateria, o campeão nacional fez um total de 7,77 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (4,60 e 3,17), sendo superado pelo australiano Jack Robinson (14,76) – vice-campeão da edição de 2023 – e pelo norte-americano Crosby Colapinto (11,20).

“Hoje, os tubos estavam muito difíceis de encontrar, era mais para manobras. Espero que, nos próximos dias, quando retomarem a competição, haja mais tubos para realmente podermos fazer a performance que é suposto fazer aqui nos Supertubos”, sublinhou.

A participação portuguesa fechou hoje com “chave de ouro” com Frederico Morais, o único surfista luso que integra o circuito mundial, a vencer a 12.ª e última bateria do dia e a avançar diretamente para a próxima fase da prova.

“Passar à próxima ronda sem dúvida que já é tirar algum peso de cima. Especialmente, quando esta ronda de eliminação está com nomes sonantes. Sabe bem ganhar em casa, fazer boas ondas, bom surf, senti-me bem. Tivemos um bom dia de surf e agora é esperar, treinar e preparar a próxima ronda”, sublinhou.

Kikas fez 13,10 pontos nas duas melhores ondas (7,17 e 5,93), batendo o brasileiro Yago Dora (11,80) e o australiano Liam O’Brien (7,90), exprimindo a felicidade de estar de regresso à etapa de Peniche como membro de pleno direito da elite internacional.

“Não há nada mais especial do que competir em casa. Ter aqui toda a gente, a família, os amigos, a mulher, é especial e espero que assim continue. Adoro competir em casa”, destacou.

Questionado sobre o desempenho dos compatriotas, Morais elogiou as duas prestações e ainda dedicou uma palavra para Francisca Veselko, a representante portuguesa na prova feminina, que ainda não começou.

“Acho que eles se portaram lindamente. Ainda não tivemos oportunidade de ver a ‘Kika’ dentro de água, mas vamos ver esta semana. Tanto o Matias como o Joaquim mostraram bom surf. O Matias, devido a um problema de prioridades, conseguiu passar à próxima ronda, o que foi ótimo. O Joaquim está na ronda de eliminação, mas tenho a certeza que vai mostrar bom surf e vai ter a oportunidade dele para passar”, assinalou.

A competição arrancou hoje na praia de Supertubos, em Peniche, Leiria, e o período de espera decorre até 16 de março, com a organização a anunciar esta tarde que na quinta-feira não vai haver ação, devido a uma tempestade que se aproxima da costa marítima portuguesa.

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