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Cultura

Passaporte Cultural ajuda a integrar mais de dois mil caloiros em Leiria

O Passaporte Cultural de Leiria apresenta-se em português e inglês e dá acesso gratuito aos estudantes a 11 espaços.

Foto: CML

Cerca de 40 caloiros do Politécnico de Leiria receberam hoje o Passaporte Cultural, iniciativa do estabelecimento de ensino superior e do município para ajudar à integração dos novos alunos, que vai chegar a 2.250 estudantes nesta primeira fase.

Na cerimónia de entrega simbólica, representativa da entrega do documento a quem foi aceite nas licenciaturas do Politécnico que funcionam na capital de distrito, o presidente do instituto, Carlos Rabadão, realçou a relevância do Passaporte Cultural.

“É de grande importância para a nossa academia”, porque “incentiva a descobrir museus, centros de interpretação e monumentos”, num total de 11 no concelho.

Lembrando que o Politécnico recebe “estudantes de mais de 70 países”, o responsável explicou que uma das preocupações da instituição é a “integração harmoniosa de todos”.

“É isso que tem acontecido nos últimos anos e esta iniciativa contribui para melhorar este nosso objetivo”.

O Passaporte Cultural de Leiria apresenta-se bilingue, em português e inglês, e dá acesso gratuito aos estudantes a 11 espaços, como o Castelo de Leiria, o Museu de Leiria ou o Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho, que explica a importância do achado da “Criança do Lapedo”.

Dirigindo-se aos estudantes presentes na Biblioteca José Saramago, no Campus 2 do Politécnico de Leiria, o presidente da Câmara de Leiria, considerou o projeto do passaporte “um momento de nos aproximarmos” e, particularmente, “da cidade aproximar-se dos estudantes, sobretudo os deslocados”. 

Para Gonçalo Lopes, o documento distribuído pelos alunos contribui para “uma tarefa muito importante de integração”.

“Ser bem acolhido numa cidade é meio caminho andado para serem bem acolhidos no vosso estabelecimento de ensino e terem sucesso nos vossos estudos”, avisou.

O autarca convidou os estudantes a utilizarem a nova ferramenta, também para alargarem conhecimentos:

“Ao visitar estes espaços, estão a fazer uma viagem – muitas vezes no tempo – sobre a história de Leiria. E vai fazer com que percebam melhor o nosso trajeto como povo e como comunidade”. 

Gonçalo Lopes aproveitou a oportunidade para notar que a relação entre comunidade local e os estudantes “nunca esteve tão boa”. 

“Hoje temos uma relação extraordinária com a comunidade de estudantes, mas nem sempre foi assim no passado. Houve momentos de tensão”, admitiu o presidente da Câmara.

A situação atual, “por esforço de quem cá vive, mas muito dos alunos que têm vindo para cá estudar, através de um espírito de respeito mútuo”, reflete uma relação “muito pacificada”. 

“Nunca foi tão boa, tanto na área comercial, como no relacionamento interpessoal e na relação entre pessoas mais novas e mais velhas. Temos uma paz e uma relação com o Politécnico que é muito saudável”, concluiu.

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