Portugal era, em 2019, o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com mais pessoas com demência por cada mil habitantes, estimando-se cerca de 200 mil doentes. Este número poderá duplicar até 2050. Estamos nesse caminho?
A perceção que se tem é que haja uma duplicação até 2050. Isto tem muito a ver com a idade, embora a idade não seja doença. Pessoas com 40 anos podem ter demência e outras com 90 anos não ter. Portanto, não podemos cair no logro de dizer que “isso é da idade”. É incorreto.
Alfredo Sá: “A idade não é doença, mas representa um risco para a doença”
Especialista em neurologia e com uma intensa atividade profissional em Leiria, Alfredo Sá aborda, numa entrevista alargada, a problemática das demências, cuja prevalência está a aumentar, e desconstrói alguns mitos.