O presidente do Chega defendeu hoje que a morte de uma mulher ventilada, durante o apagão de segunda-feira, deveria levar à demissão de ministros, alegando que o Governo disse que não se tinha registado vítimas. As declarações foram feitas no início da iniciativa de campanha que André Ventura e os militantes do Chega realizaram ao início da tarde, em Leiria.
“Ouvimos quer o primeiro-ministro, quer a senhora ministra da Energia e do Ambiente, quer o ministro da Presidência, dizerem que o que foi feito com maior eficácia, o Governo foi posto à prova e passou com sucesso” e que “não houve vítimas” durante o apagão energético que atingiu o país na segunda-feira, afirmou André Ventura.
O grupo, onde estavam vários deputados eleitos nas últimas legislativas, nomeadamente Gabriel Mithá Ribeiro e Luís Paulo Fernandes, ambos eleitos pelo círculo de Leiria e que repetem a candidatura, e a que se juntaram vários apoiantes, desfilou pelas principais ruas da cidade de Leiria.



























Para o líder do Chega, sobre o mesmo assunto pelo qual foi questionado à chegada a Leiria, “dizer que não houve vítimas e houve, noutro país, estaria a levar à demissão dos ministros”.
“O INEM sabia que houve vítimas. A ministra da Saúde tinha de saber que houve vítimas. Então porquê é que tentaram mais uma vez esconder isto da população? É um pouco impressionante como é que este Governo tenta esconder tudo da população”, sublinhou André Ventura.
“Quando à ocultação se junta o falhanço, temos que exigir responsabilidades a um primeiro-ministro”, referiu ainda o líder do Chega.
André Ventura defendeu também que devia ter sido enviada “uma mensagem para todos os cidadãos, logo que foi conhecida a situação de emergência”, mesmo “que o Governo não tivesse ainda na posse de toda a informação”.
“Andamos a gastar dinheiro com o SIRESP há décadas e não é só culpa deste Governo, é de todos. Pelas nossas contas, gastámos mais de 770 milhões de euros com o SIRESP e, num momento decisivo, o SIRESP voltou a falhar”, referiu o presidente do partido, ao adiantar que a corporação de bombeiros de Mira ficou com as comunicações a 50%.