As batidas tropicais de Noko Woi e o fado arrepiante de Sérgio Onze deram o mote para abertura da 10ª A Porta, que tece o centro histórico de Leiria com propostas em registo crescente. É isso: estão a chegar os dias mais frenéticos e recheados do festival que abraça a cidade.
Para visitar até ao final, há a Casa Plástica, com exposições que se estendem da Pousada da Juventude ao Centro Comercial D. Dinis, sem esquecer a Rua Direita, ponto de partida onde A Porta regressa este ano, lembrando por lá a viagem de dez edições.
Hoje, quinta-feira, Lino Ferreira, representante dos comerciantes da região, João Mota, da Void, empresa instalada no Centro Comercial D. Dinis, e Nicola Henriques, fundador do SILOS Contentor Criativo, das Caldas da Rainha, conversam na livraria Arquivo sobre o que fazer a centros comerciais decadentes no centro da cidade. À tarde/noite, há concertos de EVAYA, Filipe Sambado e Surma x Larie, que revelam o resultado de uma criação original conjunta.
Para amanhã, sexta, o destaque vai para abertura do palco no Jardim Luís de Camões, com um dos concertos mais aguardados desta edição: X-Wife. A festa estica-se pela noite com hip hop da nigeriana Aunty Rayzor.
Mas o dia grande d’A Porta está reservado para sábado. As atividades começam às 10 horas e incluem oficinas de teatro, de fotografia, de bonecos de madeira, de som e de tecidos, espetáculos para os mais novos (como o muito pertinente “Micro micro coisas”), instalações interativas, sessões de poesia cómica, yoga do riso, entre outros. Neste dia 7, há ainda oportunidade de ver Rui Paixão, que leva ao Centro Cívico “Kinski”, performance que crítica uma sociedade obcecada pela aparência. A música do dia é variada, e vai da sensibilidade de Caio às batidas para dançar de Von Di, sem esquecer Ana Lua Caiano (na foto), MAQUINA. e Scúru Fitchádu.
A despedida desta Porta passa sobretudo pelo Jardim de Santo Agostinho, onde estará a Galeria ao Ar Livre, música para crianças, ateliê de brincar para adultos, performance de Monotrux, retratos escritos, oficina de mimica. E, para acabar, há baile cheio de energia e tradição!
Destaques
5 de junho
A música de hoje está a cargo de EVAYA (18h30), Surma x Larie (19h30) e Filipe Sambado (20h30) na Pousada (18h30). À tarde (17h), fala-se na livraria arquivo sobre centros comerciais abandonados nas cidades
6 de junho
Na Pousada, há sessão de drink&draw (17h30), música de Cremalheira do Apocalipse (18h15) e travessia sensorial com FeMa (18h15). No Jardim Luís de Camões, atuam VAAGUE (22h), Unsafe Space Garden (23h) X-Wife (00h) e Aunty Rayzor (01h)
7 de junho
Dezenas de atividades na Rua Direita e outros locais da cidade, com propostas para famílias na Portinha e experiências em 1001 Portas. Performance de Rui Paixão (17h15) no Centro Cívico e concertos de CAIO (14h15), Veronica Fusaro (15h15), TRAVO (18h), MAQUINA. (19h), Rossana (22h) e Ana Lua Caiano (23h), Scúru Fitchádu (00h) e Von Di (01h)
8 de junho
No último dia, A Porta instala-se às 10 horas no Jardim de Santo Agostinho, com atividades da Portinha e 1001 Portas. Na música, destaque para Histórias cantadas (14h45), Gardênia & Technofoguete (15h15) e bailarico com Natércia Lameiro (17h45)
A programação integral está disponível em https://festivalaporta.pt/programa/.