A Igreja da Pena, no Castelo de Leiria, recebe um dos três concertos-manifesto pela paz e pela justiça “A voz doce das pedras” que a Cooperativa Paulo Lameiro organiza com o coro Schola no Coração. “Podemos sentir-nos tentados a acreditar que nada podemos fazer para alterar o que nos entra diariamente olhos e coração dentro. Mas importa gritar bem alto que não é verdade. (…) Talvez estejamos a chegar a um momento (…) em que a Cultura e a Arte sejam mesmo o melhor e mais fecundo lugar de luta”, escreveu Paulo Lameiro no texto de divulgação dos concertos.
A iniciativa surge na sequência destes “tempos especialmente difíceis”, em que “sentimo-nos impotentes perante os dramas internacionais das guerras e do desespero dramático de tantos seres humanos, lado a lado com as quezílias mais patéticas e igualmente dramáticas das figuras com maior poder político e financeiro do planeta”.
“Sentimo-nos revoltados e incrédulos com o crescendo de radicalismos e posicionamentos políticos dos que nos rodeiam e governam”, acrescenta o comunicado.
Por isso, a Cooperativa Paulo Lameiro fará três concertos: um na manhã de sexta-feira, dia 20, no Pavilhão Mozart, para os reclusos e comunidade prisional; à tarde, na Unidade de Internamento de Doentes de Psiquiatria, nos Andrinos; o terceiro, único aberto ao público, no domingo, dia 22 (16 horas), no Castelo de Leiria.
“A voz doce das pedras” dará destaque às obras “Sing gently”, de Eric Whitacre, e “Bridge over troubled water”, de Paul Simon, com o coro Schola no Coração, Alberto Roque e José António Lopes (saxofones), Pedro Santos (acordeão, na foto) e direção de Paulo Lameiro.