A gestora espanhola de fundos de capital de risco MCH Private Equity adquiriu uma participação minoritária no grupo português Global Health Company (GHC) – Sanfil Medicina, que detém três hospitais e seis clínicas localizadas em Coimbra, Leiria, Alcobaça, Cantanhede, Lousã e Pombal.
Esta operação marca a estreia da MCH no sector da saúde em Portugal, tendo escolhido a região Centro como ponto de entrada. A gestora de fundos, fundada por Jaime Hernández Soto e José María Muñoz, associou-se ao grupo BBT Investimentos, até agora o único acionista da empresa com sede em Coimbra.
Segundo a Webcapitalriesgo – uma iniciativa que visa contribuir para a transparência na atividade financeira de private equity em Espanha –, “este investimento representa uma nova fase de expansão para a empresa portuguesa, que tem em curso um plano de crescimento que inclui a ampliação dos hospitais de Coimbra e Leiria, a construção de um novo hospital em Beja, bem como a entrada noutras zonas do país”.
Por exemplo, o hospital de Leiria começou a ser ampliado no final de janeiro. Num único edifício (norte), com quatro pisos, estarão concentrados o bloco operatório, a área de internamento, o serviço de farmácia e aprovisionamento, bem como os estacionamentos.
“Este ambicioso projeto tem como objetivo melhorar e ampliar os serviços de saúde prestados, respondendo à crescente procura da população local. Esta infraestrutura integrará as mais recentes inovações tecnológicas, proporcionando um ambiente moderno e funcional, tanto para os utentes como para os profissionais de saúde”, afirma a Sanfil Medicina, citada no comunicado, datado de terça-feira, dia 17, reproduzido pela Webcapitalriesgo.
A GHC opera no sector da saúde clínica-hospitalar sob as marcas Sanfil Medicina, Diaton e Nefrovida. O seu modelo de negócio abrange desde cuidados hospitalares generalistas até especialidades como radiologia, medicina nuclear (Diaton) e diálise (Nefrovida).
A faturação anual ronda os 67 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) se situa nos oito milhões de euros.
A operação, cujo valor não foi divulgado, encontra-se ainda sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência.
