O vereador independente eleito pelo PS na Câmara da Marinha Grande alertou o executivo para a necessidade de garantir estratégias para a segurança da população, sugerindo a instalação de câmaras de videovigilância.
António Fragoso apelou ao Município da Marinha Grande, no distrito de Leiria, para “assumir a liderança deste processo”, apostando “na segurança de proximidade, com uma maior presença das forças de segurança na rua” e com a “instalação de câmaras de videovigilância nas zonas críticas”.
O alerta foi deixado na última reunião de executivo, na segunda-feira, na qual o vereador considerou ainda ser necessário um “reforço da iluminação pública” e a “requalificação dos espaços abandonados, para que não sejam palcos de alguns comportamentos de risco”.
O vereador independente eleito pelo PS defendeu que estas são medidas concretas que contribuem para a dissuasão e prevenção da criminalidade.
“Apesar da realidade do concelho ainda estar longe dos índices mais preocupantes de insegurança a nível nacional, há sinais que não podemos ignorar”, sublinhou António Fragoso, ao enumerar “pequenos focos de violência, atos de vandalismo e degradação do espaço público”, que têm “contribuído para uma crescente perceção de insegurança”.
Para o vereador, “tudo isto exige uma resposta firme, articulada e estratégica por parte do município”.
“Não podemos continuar a reagir pontualmente a cada episódio. O Conselho Municipal de Segurança tem de assumir um papel mais ativo”, sugeriu.
O presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira (movimento independente +MpM), admitiu que “os problemas existem e são pontuais”.
“Tivemos um conjunto de roubos, mas as pessoas foram identificadas e a situação está resolvida”, disse.
O autarca explicou ainda que a Câmara “está a analisar a questão da videovigilância”, mas adiantou que a Marinha Grande “é uma cidade diferente das outras”, pois não tem uma zona específica, como por exemplo Leiria.
“Quando temos um centro com concentração de pessoas é mais fácil focarmo-nos num local. A Marinha Grande é muito mais abrangente e muitos dos problemas que ocorrem têm sido nos lugares e não podemos colocar videovigilância em todos os locais”, afirmou à agência Lusa Aurélio Ferreira.
O presidente da autarquia acrescentou que o concelho tem “especificidades que obrigam a uma definição muito concreta dos locais”.
“Temos mantido conversas permanentes com a PSP e com a GNR e o Conselho Municipal de Segurança tem reunido. Pontualmente, temos situações, como um grupo que atuou recentemente em Leiria e na Marinha Grande, mas fizeram apenas pequenos assaltos. Estragam mais do que levam. A Marinha Grande é uma cidade muito segura”, reforçou à Lusa.