O relatório de gestão e prestação de contas da autarquia de Pombal, relativo ao ano passado, foi apresentado na última reunião de executivo e revela um resultado líquido negativo de 2,2 milhões de euros.
Para a maioria PSD, este resultado representa uma “melhoria de cerca de 1,4 milhões de euros face a 2023”. Apesar de negativo, os números mostram que em 2024 o município diminuiu o endividamento em “533 mil euros” e “aumentou o investimento em ativo fixo tangível com um aumento líquido de cerca de 1,6 milhões de euros”.
Para a concelhia do PS, estes resultados confirmam antes “uma gestão dependente de receitas extraordinárias e transferências do Estado, em vez de assentar numa estratégia de criação de receita própria ou de controlo efetivo da despesa”.
O PSD de Pombal (liderado por Pedro Pimpão), cita as conclusões do auditor externo para realçar que a autarquia “apresenta uma autonomia financeira de 94,3%, liquidez geral de 264,4% e melhorou a margem do endividamento face ao limite legal”, dispondo de “uma margem positiva de mais de 54,6 milhões de euros”.
Num comunicado enviado às redações, o PS de Pombal frisa que há, no entanto, “um conjunto de fragilidades graves na gestão financeira e política do município”, nomeadamente “falta de rigor e transparência nas contas”, com “gastos não registados atempadamente no valor de 730 mil euros”.
Aponta ainda “falta de políticas de habitação acessível, de respostas ao envelhecimento da população, de medidas eficazes de apoio social e de projetos para fixar jovens e apoiar famílias.
De acordo com o PSD, o relatório de contas “revela a maior execução orçamental dos últimos cinco anos”. Já o PS considera que se continua “a assistir a muitos anúncios e pouca concretização real dos projetos que o concelho precisa”.
No entender do autarca Pedro Pimpão, o documento apresentado, e que será apreciado pela Assembleia Municipal, “demonstra uma gestão financeira sólida e responsável”, com os números a atestarem o “equilíbrio das contas”.
“Mantivemos inabalável o nosso compromisso de apoiar as famílias, as freguesias e as instituições locais, assegurando a prestação de serviços essenciais e o desenvolvimento de projetos que consideramos estruturantes para o futuro do nosso concelho”, sublinhou.