A Câmara das Caldas da Rainha fechou o ano de 2024 com um resultado líquido negativo de 1,7 milhões de euros, justificado pelo executivo com o elevado valor de amortizações regularizadas neste exercício.
O resultado do exercício cifrava-se “em 5,7 milhões de euros (ME) positivos antes de amortizações”, mas, em dezembro de 2024, o resultado líquido negativo da autarquia ficou em 1,7 ME, “devido sobretudo ao impacto das amortizações”, justificou à agência Lusa o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques (Movimento Vamos Mudar).
Entre as amortizações de património que contribuíram para este resultado, o autarca destacou “a regularização da concessão de E-Redes, que já existe há vários anos, mas que este ano teve uma atualização com um impacto superior a 1,5 ME”.
Os documentos de prestação de contas deste município, a que a agência Lusa teve acesso, inscrevem um resultado líquido negativo de 1.718.290 euros, o que representa uma recuperação relativamente a 2023, ano em que o saldo negativo do exercício foi de 2,3 ME.
O município tinha previsto para 2024 uma receita de 52.122.188 euros, mas a receita cobrada líquida cifrou-se em 49.991.015 euros, registando um desvio negativo de 2.131.173 euros.
Os impostos diretos foram o maior contributo para a receita da autarquia, totalizando 18,4 ME, seguidos das transferências correntes, no valor de 15,4 ME.
Na despesa, verificou-se igualmente um desvio negativo de 19,8% entre a despesa prevista (52,1 ME) e a efetivamente realizada (41,8 ME).
A despesa corrente paga em 2024 foi de 33,6 ME, dos quais 13,4 ME gastos em aquisição de bens e serviços e 12 ME em despesas com pessoal. Para a despesa pesou também a transferência para as juntas de freguesia e associações no valor de 7,8 ME.
O relatório de contas da autarquia foi aprovado na última assembleia municipal, em 29 de abril, por maioria, com 15 votos a favor e 17 abstenções.
