A região Oeste acaba de lançar uma campanha de sensibilização para combater o fogo bacteriano, capaz de provocar perdas de “50 milhões de euros numa só campanha” do sector da fruticultura.
“Esta doença, causada pela bactéria Erwinia amylovora, está a provocar prejuízos avultados nos pomares de pereiras e macieiras”, refere um comunicado do Município de Alcobaça, explicando que a iniciativa partiu da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) e dos doze municípios da região, com o apoio da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Os promotores da campanha “estimam perdas de cerca de 50 milhões de euros numa só campanha, afetando drasticamente a produção da pera rocha, produto emblemático da região”, destacando que “uma vez que não existe tratamento curativo eficaz, a erradicação imediata das árvores infetadas é a única medida para conter a doença e evitar a sua propagação”.
A OesteCIM “quer mobilizar produtores e toda a população para a deteção precoce e o reporte imediato de quaisquer focos da doença” e, para tal, “foram desenvolvidos diversos materiais de comunicação, incluindo cartazes, folhetos, anúncios na imprensa local e conteúdos para redes sociais, reforçando as mensagens de prevenção e as boas práticas a adotar”.
“Os municípios do Oeste estão prontos para liderar o processo de combate a esta praga, em articulação com as autoridades nacionais. Não podemos permitir que o fogo bacteriano comprometa este pilar da economia regional. É crucial envolver todos – autarquias, agricultores e outros cidadãos – neste esforço de prevenção e resposta rápida”, refere o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado.