Procurar
Assinar

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais
Sociedade

Morreu Álvaro Laborinho Lúcio, antigo ministro da Justiça

Natural da Nazaré, tinha 83 anos.

fotografia de Álvaro Laborinho Lúcio
FOTO: Joaquim Dâmaso

O antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio morreu, esta quinta-feira, aos 83 anos.

A informação da morte foi confirmada à agência Lusa pelo presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, que adiantou que o corpo vai ficar hoje numa capela em Coimbra, sendo depois transportado para outra na Nazaré.

Natural da Nazaré, Laborinho Lúcio foi secretário de Estado da Administração Judiciária e ministro da Justiça, em 1990, durante o Governo de Cavaco Silva, sempre como independente.

Foi deputado da Assembleia da República e nomeado, pelo presidente Jorge Sampaio, ministro da República para a Região Autónoma dos Açores, em 2003.

Na Câmara Municipal da Nazaré, foi presidente da Assembleia Municipal, durante o mandado do executivo de Jorge Barroso (PSD).

Foi ainda delegado do procurador da República, procurador da República, procurador e inspector do Ministério Público, Procurador-Geral Adjunto, director da Escola de Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários e juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça.

Em 2020, Álvaro Laborinho Lúcio assumiu a função de diretor-convidado da primeira edição do ano do REGIÃO DE LEIRIA.

Já este ano, em abril, foi convidado pelo REGIÃO DE LEIRIA para participar na conferência “Sítio, passado e futuro”. Com o Atlântico aos pés e a fé no coração, o Sítio da Nazaré foi o epicentro de uma reflexão sobre identidade, património e futuro, na conferência promovida pelo REGIÃO DE LEIRIA, no Palácio Real, na qual Álvaro Laborinho Lúcio participou.

Com intensa atividade cívica, nomeadamente no que diz respeito aos direitos da criança, integrou a comissão independente que estudou os abusos sexuais de menores cometidos por membros da Igreja Católica Portuguesa.

Álvaro Laborinho Lúcio nasceu na Nazaré a 1 de dezembro de 1941. Na juventude, foi ator amador, tendo participado na criação do Grupo de Teatro da Nazaré.

Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito e obteve o Curso Complementar de Ciências Jurídicas.

Laborinho Lúcio foi membro, entre outras, de associações como a APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e a CRESCER-SER, de que é sócio fundador.

Entre 2013 e 2017, foi Presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho e membro Eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.

Laborinho Lúcio estreou-se na escrita de ficção narrativa em 2014, com “O Chamador”, na Quetzal, editora pela qual lançou mais quatro títulos até ao ano passado: “O Homem que Escrevia Azulejos”, “O Beco da Liberdade”, “As Sombras de uma Azinheira” e o livro de crónicas e outros textos “A Vida na Selva”.

Foi condecorado, em 2005, pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.


Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados