O presidente da Câmara de Peniche António José Correia, contesta o fecho da urgência do hospital e diz que a medida contraria o “desígnio do mar” defendido pelo Governo. O autarca espera que haja bom senso.
“Não queremos nem imaginar que isso seja possível”, diz perentório o presidente quando se coloca a hipótese do fecho da urgência do Hospital de Peniche, conforme proposta da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência.
Em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA, António José Correia começa por lembrar o acordo feito em 2008 com o ministro da Saúde da altura, Correia de Campos, que levou à manutenção da urgência e à criação de outras especialidades.
“Quatro anos depois o concelho tem hoje mais população, mais atividades económicas e mais turistas”, reforça o chefe do executivo.
“O Governo não diz que mar é o nosso desígnio?”, pergunta António José Correia, para depois concluir que se a urgência fechar “não há desígnio do mar em Peniche”.
Para o autarca, o fim da urgência seria o fim de outras especialidades e do próprio hospital. “Atrás da urgência cairia tudo”, frisa o autarca eleito pela CDU.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>O “tudo” inclui “a fórmula 1 do surf”, outras provas de mar e até o ensino superior seria posto em causa. Quando se pretende saber
até onde a autarquia irá na defesa da urgência, António José Correia diz que vai “até onde houver alguém que nos ouça”, mas logo a seguir remata que “não vai ser preciso porque o Governo vai ter bom senso”.
O autarca lembra ainda as “Marchas pelos Nossos Hospitais”, que no dia 7 de julho levou à rua, em Peniche, cerca de 3.000 pessoas, “num sinal muito claro ao ministro da Saúde para que pondere muito bem o relatório final sobre a reorganização hospitalar”.
(Notícia publicada na edição de 27 de julho de 2012)
AL