Não se resolve de uma sexta para uma segunda. Há muito tempo que olho para uma realidade já muito discutida e que é a do envelhecimento da população portuguesa. E começo a juntar algumas outras peças a esse complexo puzzle que me deixa preocupado. Uma peça diz respeito à quantidade de população com idade inferior para trabalhar, a outra ao flagelo do desemprego que leva à emigração, sobretudo qualificada, uma terceira às baixas médicas e então ainda, a forte componente da população portuguesa que chegou à idade de se aposentar.
Feitas as contas, então o país conta com aproximadamente metade da população a trabalhar e outra metade que não o faz. Não interessando para o caso as razões, esta fotografia acabou por me surgir à frente quando olhava para alguns dados na Pordata, um serviço disponibilizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Não tenho solução, só posso refletir e refletir já é um primeiro passo para pensarmos numa solução. Se tem ou não solução, não sei, mas urge pensarmos que futuro temos pela frente quando acautelamos o curto prazo e podemos estar a preparar as bases para uma incerteza futura com contornos demográficos, sociais, intergeracionais e, novamente, económicos.
(texto publicado na edição de 20 de fevereiro de 2014)