Depois do forte abalo nas estruturas que julgávamos sólidas, fiáveis, permanentes e ajustadas, percebemos que nesta mudança de paradigma a que assistimos e vivemos, o fator confiança tem um papel central e determinante. No seio da incerteza geral esta é uma palavra relevante e chave na relação social com consequências a todos os níveis. As esperanças estão, então, depositadas neste ano que ainda há pouco começou e que surge envolto naquela estranha magia de saudade antecipada de um futuro que se anseia e a esperança vindoura que se deseja. E esta esperança só pode ser fundada naquilo que formos capazes de fazer, de criar, recriar e de empreender gerando ondas sucessivas de confiança que se reforça. Como a confiança sente-se, vive-se e vê-se nas várias iniciativas que a alimentam, não podemos esperar que a esperança se materialize por si só. Por isso, não acredito que dissipado o nevoeiro da incerteza, surjam por si só a temperança e as soluções. Tenho confiança nesta estranha ideia de que temos de alimentar a esperança. Esta estranha ideia de que se ficarmos só à espera que o que desejamos que aconteça venha a acontecer, acontecerá muita coisa, mas nada daquilo que desejamos.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>(texto publicado na edição de 23 de janeiro de 2014)