A propósito das novas tecnologias, que hoje dominam o país e são cada vez mais um poderoso ativo no mercado de trabalho, recordo uma das modalidades que sempre arrastou multidões mesmo nos anos 70! O futebol!
Era eu um puto e já jogava nos infantis e juniores dos velhos clubes da terra: O Caliponense, Sporting Leiriense, onde joguei na equipa principal, e Ateneu de Leiria, quando o clube militava na II divisão de Honra, com excelentes jogadores! Este pequeno introito é apenas para lembrar o que eram as “tormentas” daquele tempo… para os “craques” da época e os parcos vencimentos que auferiam… alguns até tinham que pagar para terem as chuteiras e o material em ordem! No Sporting Leiriense, com a carolice dos diretores e amigos, limpavam-se as velhas chuteiras e equipamentos e ficavam à lareira na sede na rua Comandante João Belo, onde hoje é o Centro Comercial D. Dinis. Secavam e no dia do jogo eram os diretores que, nas suas carrinhas, as levavam para os jogos! Um convívio de vez em quando e o resto era o chamado amor à camisola! Velhos tempos… Hoje os craques têm tudo: transportes ao mais alto nível, tecnologias para distrair a mente, sofisticados equipamentos, métodos modernos de treinamento e transferências fabulosas! Hoje são os milhões que dominam os clubes “ricos” e quem paga é o “Zé” que continua a encher estádios, onde o amor à camisola se troca por milhões de euros…
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>(texto publicado na edição de 21 de agosto de 2014)