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Crónica irregular: Leiria e as árvores da crise

Se não visse não acreditava… será possível que até a malfadada crise seja a culpada pelo abate de cerca de 50 árvores, algumas de grande porte, em várias artérias da cidade e que foram “atacadas”, ao que dizem, pelo “bicho” do temporal?

Edgar Carvalho, Técnico superior da EDP aposentado edgarcarvalho1@hotmail.com

Se não visse não acreditava… será possível que até a malfadada crise seja a culpada pelo abate de cerca de 50 árvores, algumas de grande porte, em várias artérias da cidade e que foram “atacadas”, ao que dizem, pelo “bicho” do temporal? Mas se esse facto foi o pretexto para tornar Leiria ainda mais despida do seu já fraco património arbóreo, por que não ouviram o parecer técnico das entidades ligadas ao sector para que o ambiente não fique ainda mais degradado? Leiria é uma das cidades com mais fraca florestação e com poucas zonas verdes.

Em 2007 o então pri­mei­ro-ministro Sócrates reinaugurou o jardim Luís de Camões no âmbito do projeto Polis… Na altura, houve cortes de árvores, nunca substituídas, e que tornavam aquele espaço aprazível e, no verão, um excelente local de convívio…Decorridos seis anos, ali está um exemplo das más políticas de reabilitação ambiental! Sem árvores, com uma deficiente iluminação pública e canteiros sem manutenção!

Também ninguém percebe por que continuam a autorizar as corridas de skates a degradar as lajes do largo da Fonte Luminosa! Para quando o prometido arranjo urbanístico da zona, com canteiros, bancos e umas árvores para embelezar? Poderia ser a forma de transformar aquele desolador local num espaço de descanso para a população e com melhor imagem para os turistas! Será a crise a culpada de todos os males?

(texto publicado a 18 de abril de 2013)