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Crónica irregular: Os grafiteiros do desespero!

Grafitismo é uma prática de arte típica da idade pós-moderna que era executada segundo a história da época pelos membros das tribos “modern primitives”, uma espécie de pintura rupestre que foi adequada ao tempo contemporâneo.

Edgar de Carvalho, técnico superior da EDP aposentadoedgarcarvalho1@hotmail.com
Edgar de Carvalho, técnico superior da EDP aposentado edgarcarvalho1@hotmail.com

Grafitismo é uma prática de arte típica da idade pós-moderna que era executada segundo a história da época pelos membros das tribos “modern primitives”, uma espécie de pintura rupestre que foi adequada ao tempo contemporâneo.

Mais recentemente, nomeadamente finais do séc. XX, começaram a expandir-se um pouco pela Europa e também em Portugal, novas “técnicas” murais destes tipos de pinturas, com grande expressividade e quadros de enorme valor artístico a demonstrarem que os seus autores são artistas muitos no anonimato que envolvem a sua espontaneidade na beleza urbana do local que escolhem!

O que é lamentável hoje, é a total subversão da prática do grafitismo , que vem aumentando a coberto da madrugada, um pouco por toda a cidade de Leiria, em frases de poluição visual, que apenas servem para sujar e destruir os bens patrimoniais conspurcando prédios, muros e monumentos, num rasto de desespero e de marginalidade social, onde o “spray” é a única imagem de destruição!

Os problemas de sobrevivência, a desumanização e a falta de meios para dar apoio aos milhares de seres humanos sem beira, devem ser ponderados pelos governos por forma a serem eliminadas estas situações contestatárias que não servem os desejos de quem os faz, nem da sociedade onde todos devem ser integrados!

(texto publicado na edição de 23 de outubro de 2014)