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Crónica irregular: Passos atrás das Portas

Passos herdou um desgoverno imenso fruto de gente teimosa como as Portas.

Carlos Conceição, empresário carlos.a.conceicao@publicenso.pt

Passos herdou um desgoverno imenso fruto de gente teimosa como as Portas. Sabemos que o caminho é duro para os Passos que precisamos dar, caminho estreito como Gibraltar. É preciso bater em muitas Portas, para que se abram. Nada de novo. Passos entre Passos, bater e abrir muitas Portas, dois anos de portas abertas e tantas fechadas. Passos em frente e outros atrás. Grandes caminhadas começam sempre com um pequeno Passo, sendo certo que os portugueses na sua maioria querem todos dar Passos em frente, embora alguns sempre de pé atrás, mas não nos podemos dar ao luxo de arrombar ou bater com os Portas na cara. O caminho faz-se com Passos certos, nunca inseguros, sabendo que atrás das Portas muito se esconde, afinal. Por vezes é mesmo preciso abrir as Portas e bater outras tantas, acertar os Passos ou arrombar as Portas. Ou, mesmo em dias mais radicais, correr com Passos para longe das Portas. Sabendo que o povo é quem tem as chaves.

É assim como quem diz, que há Passos atrás das Portas sendo que as Portas são como os melões. É preciso abrir, para ver a rapidez dos Passos e a qualidade das Portas. E da qualidade das Portas, para já, estamos falados. Falta apenas acertar os Passos.

(texto publicado na edição de 11 de julho de 2013)