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Crónica irregular: Relógio da Torre Sineira

Não sei se os leirienses já repararam mas o relógio da Sé deve andar a reboque da crise!

Edgar de Carvalho, técnico superior da EDP aposentado edgarcarvalho@hotmail.com

Não sei se os leirienses já repararam mas o relógio da Sé deve andar a reboque da crise! Isto da austeridade provavelmente alterou-lhe o sistema eletrónico, e as novas tecnologias já não se compadecem com os tradicionais sineiros dos nossos tempos de juventude!

Um dos mais atrativos símbolos de Leiria, é o único no país que curiosamente está fora da Sé! Ao que diz a história da época, a localização deveu-se ao facto de se situar num pequeno morro sobranceiro à cidade, o que permitia à população ouvir melhor as badaladas – que os sineiros tocavam para informar a população dos acontecimentos, como as novenas e outras celebrações eucarísticas, funerais, festividades e até incêndios, estes com toques especiais.

Recentemente, depois do novo carrilhão instalado na torre, ali funcionou um curso bem sucedido com um protocolo assinado entre o Cabido da Sé e a Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), sob a batuta do musicólogo Paulo Lameiro!

Hoje é pena que nem os sinos toquem, nem o relógio funcione em condições, e o belo carrilhão esteja em silêncio! Quem acerta as horas? Mas qual o motivo por que a Torre da Sé está tão doente? O que diz a paróquia e a autarquia? A Torre Sineira e o relógio são dois dos símbolos mais representativos da cidade, e fazem parte da sua secular história! Esta situação é um mau exemplo, não só para Leiria, mas também para a imagem da capital do distrito!

(texto publicado a 7 de marco de 2013)