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Luís Vicente

Guionista em agência de comunicação

Exclusivo

Foi pouca laicidade para tanta santidade

A conivência das figuras do e no poder em Portugal é de tal ordem com o totalitarismo católico que questionar sobre gastos públicos equivale a denúncia como herege.

Agora que acabou, podemos olhar para trás com calma e ver o que fizemos. À luz do texto que rege a nossa vida em sociedade, podemos também ver se o que fizemos foi bem feito, para todos. A razão pela qual se escreveu, na Constituição, que “as igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado” deve-se ao entendimento de que para todos poderem exercer a sua religião nenhuma se pode sobrepor à outra; ou seja, o Estado não pode favorecer nenhuma. Contudo, não partimos do zero.