Mais um ano e a “estória” repete-se. Alunos tiveram novamente acesso, através de SMS, a informações relativas aos conteúdos do exame nacional de português do 12º ano. Fazendo uso da expressão de Einstein, fazer o mesmo, esperando resultados diferentes já provou não ser a melhor forma de endereçar esta questão.
Na maior parte das análises que li sobre a fuga de informação é referido que os exames estão à guarda das forças de segurança e que há toda uma limitação imposta à comunicação entre os intervenientes enquanto a prova está a decorrer. Não será também plausível pensar-se mais a montante no processo?
Quem acede e como acede ao conteúdo dos exames antes destes se materializarem na gráfica designada para o efeito? Quais os mecanismos que estão implementados para que se garanta a confidencialidade dessa informação? Não parece razoável que se faça uso das forças de segurança se antes na cadeia, há elos que fazem perigar toda a sua sustentabilidade.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Não deverei estar longe se disser que, se nada for feito, a situação irá repetir-se, com o perpetuar da concorrência desleal. Se nada mais houvesse a retirar deste caso, será de realçar que neste particular ainda estará para vir quem consiga pela prática da virtude “Fica(r) vendo, como de alto assento,/ O baxo trato humano embaraçado”.
(texto publicado na edição em papel de 29 de junho de 2012)