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Tempo incerto: Nada está garantido

Os governos têm sido incapazes de superar os entraves estruturais, como a queda demográfica. Demasiados cidadãos questionam-se sobre o caminho percorrido e sentem-se inseguros em relação ao futuro.

Na ressaca do fim da Guerra Fria, Fukuyama publicou um livro que havia de ficar famoso: “O Fim da História e o Último Homem.” No essencial, o livro apresentava a democracia liberal como “a forma final do governo humano”. Seria o regime político que melhor poderia garantir a liberdade, a segurança e o desenvolvimento das sociedades. A Humanidade caminharia no sentido de uma evolução para a democracia, desfeitos que tinham sido os modelos de Estado e de sociedade gerados pelo totalitarismo fascista e comunista. Apesar do autor também reconhecer que nada estava garantido na consagração da liberdade e de várias ameaças permanecerem no horizonte, desde o holocausto nuclear, às consequências do aquecimento global. Ao pessimismo de um mundo que vivera duas Guerras Mundiais, contrapunha o optimismo apaziguador de um novo ambiente estratégico internacional.