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Coimbra considera abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil “inexequível”

Presidente da Câmara de Coimbra considera que a Base Aérea de Monte Real “não é alternativa” e reúne esta quarta-feira com o ministro das Infraestruturas para tentar a construção de raiz de um aeroporto na região Centro.

dia aberto da Base Aérea de Monte Real

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra vai reunir-se com o Governo, esta semana, para discutir a localização e “construção de raiz” de um aeroporto na região Centro, anunciou o presidente da Câmara de Coimbra.

“Há prejuízo para a região [Centro] a inexistência de uma infraestrutura aeroportuária no seu território” e “perante a evidência de que [a Base Aérea de] Monte Real não é alternativa”, tal como o aeródromo Bissaya Barreto, em Coimbra, “estamos a trabalhar” para resolver a situação, disse o presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado.

A abertura da Base Aérea de Monte Real (BA5), no concelho de Leiria, ao tráfego civil “é inexequível” pois implicaria, designadamente por razões de segurança, “um investimento mais oneroso do que a construção de uma pista nova”, explicou o autarca, que falava na reunião do executivo municipal de Coimbra ontem, 13 de janeiro.

O projeto de instalação de um aeroporto no concelho de Coimbra, através da ampliação do aeródromo municipal Bissaya Barreto, que Manuel Machado vinha defendendo desde a sua campanha de recandidatura à liderança da Câmara de Coimbra em 2017, também se revela inviável pois, também esta possibilidade envolveria “mais custos do que a construção” de infraestrutura nova, explicou.

A ampliação da pista do aeródromo Bissaya Barreto, em Cernache, no concelho de Coimbra, para a operação de aviões pesados “é muito dispendiosa”, de acordo com os estudos entretanto encomendados pela Câmara de Coimbra, frisou.

A localização do novo aeroporto já está de algum modo definida, no âmbito dos mesmos estudos já efetuados, que apontam para uma área situada “a sul de Coimbra e a norte de Leiria”, adiantou Manuel Machado, escusando-se a especificar para “não induzir a especulação imobiliária” que essa informação poderá suscitar.

A inexistência de um aeroporto na região Centro resulta em “grande prejuízo” para este território que “está cada vez mais longe de Lisboa e do Porto (a distância é a mesma, mas o tempo de viagem é cada mais”), afirma Manuel Machado, salientando que esta “é uma das poucas regiões da Europa sem serviço aeroportuário”.

A anunciada transformação do aeródromo Bissaya Barreto num aeroporto foi “uma fraude eleitoral”, considerou o vereador social-democrata de Coimbra, Paulo Leitão, que reconheceu, tal como a vereadora Madalena Abreu, da mesma bancada, que a região Centro precisa deste tipo infraestrutura.

Sem pôr em causa o aeroporto, o vereador Francisco Queirós, da CDU, defendeu que “a grande prioridade deve ser a ferrovia”, designadamente na região onde, há cerca de uma década, foram desativados e removidos os carris do Ramal da Lousã, exemplificou.

A reunião da delegação da CIM Região de Coimbra com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, está agendada para quarta-feira.

A CIM Região de Coimbra abrange os 17 municípios do distrito de Coimbra (Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares), Mealhada (Aveiro) e Mortágua (Viseu).

Lusa

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