O Papa pode ser encontrado praticamente todos os dias como notícia na comunicação social, não apenas aquela ligada à Igreja, como nos mais variados media. E é-o por boas razões, através de notícias elogiosas.
Ao contrário do que era comum, desde há muitas décadas, a Igreja passou a ser notícia não só por causa de algum escândalo que teve lugar numa paróquia ou diocese, ou no Vaticano; não só por causa de alguma posição doutrinal que os jornalistas não compreendiam ou não queriam compreender, mas porque o Santo Padre inaugurou um novo estilo, não só de exercício do ministério de Pedro como do que poderíamos classificar de figura mundial.
Habituados a desconfiar de quem governa e está à frente dos destinos do mundo, eis que nos aparece alguém que reúne consensos um pouco por toda a parte, porque transborda de sinceridade, alegria e fé.
Ou, dizendo de outra forma: no meio de um mundo assaltado por divisões e lutas, desanimado por não ser capaz de conseguir viver a não ser entre contendas, eis que alguém mostra a todos, crentes ou não, que é possível viver na paz e caminhar, construir e ter esperança.
Durante este ano e meio, o Papa Francisco tem ensinado ao mundo a esperança, com as suas palavras e com os seus gestos, num tempo em que muitos são profetas da desgraça.
Escrito de acordo com a antiga ortografia
(texto publicado na edição de 10 de julho de 2014)