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Olhares: Caminho da esperança

Quando olhamos a nossa vida, percebemos que ela tem sempre perdas.

David Barreirinhas, pároco de Formigais, Ribeira do Fárrio e Rio de Courospadrebarreirinhas@gmail.com
David Barreirinhas, pároco de Formigais, Ribeira do Fárrio e Rio de Couros padrebarreirinhas@gmail.com

Quando olhamos a nossa vida, percebemos que ela tem sempre perdas. Não há ninguém que ao longo dos seus dias não perca a saúde, com problemas simples ou com situações complicadas; não há ninguém que actualmente não sofra a crise económica com repetidas perdas de receitas; não há ninguém que não seja surpreendido pela incompreensão de um vizinho ou até de um amigo; não há ninguém que não perca estatuto social ou influência política; não há ninguém que não tenha dúvidas de fé ou até de confiança em Deus.

Mas a vida tem sempre oportunidades: Há um ditado popular que diz que quando se fecha uma porta, se abre sempre uma janela. É preciso então, estar à espreita para descobrir caminhos novos; ter criatividade para saber construir novos projectos; ser persistente para não desanimar nunca. É preciso ter capacidade de aventura e definir objectivos para iniciar uma vida nova.

Diante deste cenário, resta um caminho para a vida: o da esperança. As lágrimas acalmam, mas não resolvem problemas; as queixas permitem desabafos, mas não enfrentam dificuldades; as críticas abrem porta a uma reflexão, mas por si só não ultrapassam as crises; a esperança activa é um desafio indiscutível para recomeçar todos os dias com nova energia, enfrentando dificuldades e acreditando sempre.

Escrito de acordo com a antiga ortografia

(texto publicado na edição de 30 de outubro de 2014)