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Cantinho dos Bichos

Diga-me o que o seu gato come, dir-lhe-ei até que idade irá viver

O tempo de vida dos felinos está a aumentar em todo o mundo. Graças aos cuidados veterinários e à alimentação adequada a cada raça e a diferentes idades.

O tempo de vida dos felinos está a aumentar em todo o mundo. Graças aos cuidados veterinários e à alimentação adequada a cada raça e a diferentes idades.

Um recente estudo da Universidade Pardue, nos Estados Unidos, confirma a ideia de que os animais de companhia estão a viver mais anos, muito por causa dos cuidados de saúde.

O veterinário Joaquim Henriques, que é também docente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, destaca não só o papel do veterinário como “a mudança progressiva do comportamento dos donos (…), muito porque começam a reconhecer os benefícios do alimento industrial, orientado para a raça, idade, estilo de vida e necessidades fisiológicas”.

Joaquim Henriques pergunta: “Mas porque é tão importante adaptar a alimentação à idade?”. E responde. Durante a fase de crescimento (até ao primeiro ano), o seu gato precisa de um alimento fácil de ingerir e digerir; que reforce o seu sistema imunitário e que fortaleça o desenvolvimento dos músculos e do esqueleto.

Já na fase adulta, ou seja, até aos sete anos, e porque se encontra numa fase mais activa da sua vida, a alimentação tem que ser eficaz no controlo da ingestão de calorias, ao mesmo tempo que deve garantir a saúde renal do animal. Entre os sete e os 12 anos, o seu felino “está menos enérgico e mais sedentário, daí que as necessidades nutricionais também se alterem”. Qual a receita? Vitaminas e nutrientes com propriedades antioxidantes, para além de precaver (ainda) o funcionamento renal e o reforço da saúde articular. Finalmente, os anos de… reforma.

Com mais de 12 anos, recorda o veterinário e docente Joaquim Henriques, “o seu animal de companhia está ainda menos activo, mas mais exigente ao nível das necessidades nutricionais”. Razão pela qual “o alimento industrial deverá ter uma textura e sabor que estimule o seu apetite e responda às necessidades de cada raça”, devendo ainda “estimular as funções cognitivas e actuar na prevenção do envelhecimento celular”.

A verdade é que, constata o veterinário e docente, “nos últimos anos, a média de idade aumentou consideravelmente. A longevidade de um gato hoje em dia ronda os 15 anos e não é raro alguns chegarem aos 20 anos de vida [o equivalente a 96 anos na vida do Homem]. Por curiosidade, o gato mais velho viveu até aos 34 anos”.

Conclusão: informe-se junto do seu veterinário sobre a alimentação adequada para o seu companheiro. O seu felino agradece.

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