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Sociedade

Escolas do concelho de Leiria sem aulas devido à greve geral (actualizada)

A greve geral está a afectar vários estabelecimentos de ensino do concelho de Leiria. Algumas escolas ficaram sem actividades lectivas ou sem refeições por falta de professores e pessoal não docente.

A greve geral está a afectar vários estabelecimentos de ensino do concelho de Leiria. Algumas escolas ficaram sem actividades lectivas ou sem refeições devido à adesão de professores e pessoal não docente à paralisação.

No Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus,  mais de 50% dos professores da escola sede (EB 2,3), num universo de seis dezenas, não foi à escola, pelo que as aulas e restantes serviços estão hoje suspensas. A nível do 1º ciclo, também não há actividades lectivas no Centro Escolar Dr. Correia Mateus, nem nas unidades multideficiências por falta de professores. No que toca ao pré-escolar, está fechado o jardim-de-infância dos Andrinos.

A adesão à greve no Agrupamento de Escolas José Saraiva tem sido menos significativa. Até ao meio da manhã, faltaram seis professore na escola-sede, num total de 75, e dois funcionários de um universo de 23, pelo que as actividades não foram afectadas, adiantou ao REGIÃO DE LEIRIA Alcino Duarte, director.

Já no 1º ciclo, está fechada a EB1 de Cortes. O encerramento da EB1 da Cruz da Areia, que abriu portas de manhã, foi por sua vez equacionado devido a dificuldades de funcionamento decorrentes da ausência de três professores e de quatro funcionários.

No Agrupamento de Escolas D. Dinis, as escolas mais afectadas pela greve são a EB1 e o jardim-de-infância da Barosa, que estão sem actividades lectivas. Segundo José Bernardino, da direcção do agrupamento, faltaram três professores na escola do 1º ciclo, e os educadores do jardim-de-infância. A paralisação afectou ainda parcialmente a EB1 dos Capuchos, onde foi registada a ausência de três dos sete professores da escola.

Já na escola sede, a adesão dos docentes à greve é considerada “pouco significativa”, tendo sido registadas apenas três faltas até ao meio da manhã. O mesmo não sucedeu contudo com o pessoal não docente afecto à cozinha e buffet, que não abriram hoje portas.

Na Maceira, o primeiro balanço apontou para cerca de 22% de adesão à greve dos assistentes operacionais, num universo de 50 funcionários, o que impossibilitou a abertura da cozinha e cantina, entre outros serviços específicos. Entre os 93 docentes do agrupamento, a direcção registou 12 faltas, oito das quais na escola sede.

Todas as escolas do 1º ciclo da freguesia de Maceira estão a funcionar, apesar de algumas falta de professores, estando contudo sem actividades os jardins-de-infância de Cavalinhos e do Arnal.

Em Santa Catarina da Serra, António Oliveira, director do agrupamento, registou esta manhã a falta de seis professores em 18, e de quatro funcionários em 26. Alguns alunos ficaram sem algumas aulas. Quanto às restantes escolas e jardins-de-infância do agrupamento, “estão a funcionar em pleno”, adiantou-nos o responsável.

Já o Agrupamento de Escolas da Caranguejeira, foi registada a ausência de nove professores (oito dos quais da escola sede) de um total de 83, e de um assistente operacional num universo de 29. Segundo Ilda Duro, subdirectora do agrupamento, não encerrou nenhuma escola do 1º ciclo nem jardins-de-infância, tendo sido registada apenas a ausência de uma educadora.

Quanto ao Agrupamento de Escolas de Marrazes, não abriram os jardins-de-infância dos Barreiros e dos Marinheiros, informou José Violante, director. Quanto à escola sede, “funcionou normalmente”, tendo sido registada a ausência de sete docentes de um total de 80 e de dois dos 18 funcionários do estabelecimento.

No Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, sedeado na Carreira, apenas a EB1 de Várzeas, na freguesia de Souto da Carpalhosa, não abriu portas, referiu a directora, Adília Lopes. Quanto à escola sede, “nenhum serviço foi afectado”, tendo sido registada apenas a ausência de dois docentes.

Secundária Rodrigues Lobo deverá, por sua vez, encerrar portas no último tempo, isto é a partir das 16h30, por falta de pessoal não docente. Cristina Freitas, directora da escola, referiu ainda que não haverá aulas à noite. Durante o dia, alguns serviços (biblioteca, papelaria e reprografia) estiveram fechados à hora do almoço, tendo a secretaria funcionado apenas a meio gás. Do total de 140 docentes, 38 não compareceram na escola, tendo sido registada ainda a falta de sete de 18 assistentes operacionais e de quatro de nove funcionários da secretaria.

Na Secundária Domingos Sequeira, faltaram três de 12 funcionários, referiu Ana Garcia, subdirectora da escola. Quanto aos professores, foram registadas sete ausências num total de 50 docentes durante a manhã, e 20 de um total de 30 durante a tarde.

Na Secundária Afonso Lopes Vieira, em Gândara dos Olivais, a adesão à greve de alguns funcionários impediu a abertura do bar, da biblioteca, da reprografia e da papelaria. O pavilhão gimnodesportivo encerrou à tarde. O refeitório funcionou assim como a maioria das actividades lectivas. Segundo Pedro Biscaia, a adesão à greve por parte dos professores foi inferior a 10%, num universo de 115 docentes.

Já nos outros concelhos do distrito de Leiria e segundo informação avançada à Lusa pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e União dos  Sindicatos de Leiria/CGTP-IN, estão encerradas as escolas Secundária D. Inês de Castro (Alcobaça), EB 2,3 Amadeu Gaudêncio (Nazaré), Secundária Calazans Duarte (Marinha Grande), Secundária Raul Proença e EB 1 Santo Onofre (Caldas da Rainha) e a EB1 Colmeias (Leiria).

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro indica ainda o encerramento do Agrupamento de Escolas de Castanheira de Pêra e da Escola Secundária de Peniche.

O presidente da UGT de Leiria, Amílcar Coelho, referiu que “existem outras escolas a funcionar a meio gás”.

Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt

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