43
mortos e 59 feridos. São os últimos números
oficialmente divulgados sobre o incêndio
de Pedrógão Grande.
O fogo que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que já vitimou 43 pessoas, mantém quatro frentes ativas de grande intensidade, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna.
“Não houve diminuição de intensidade, mantém-se exatamente tudo na mesma desde o último ponto de situação, com quatro frentes ativas, duas das quais com extrema violência”, referiu Jorge Gomes.
O governante, que falava aos jornalistas num “briefing” realizado às 7h30, ainda com a indicação de 39 vítimas, adiantou que é aguardada a chegada de aviões ‘Canadair’ portugueses, espanhóis e franceses.
No entanto, Jorge Gomes alertou que os meios não podem ser todos utilizados neste incêndio por existirem mais fogos no país a que “temos de acudir neste momento”.
O governante indicou que as operações mobilizam neste início de manhã 687 operacionais, 224 viaturas e três máquinas de rasto.
O presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, um dos concelhos do distrito de Leiria afetados pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, descreveu a situação que se vive como “caótica” e “catastrófica”.
“Isto está uma situação catastrófica. Está caótica”, disse, por telefone, à agência Lusa.
Afirmando ter “infelizmente” registo de vítimas mortais e de feridos no seu concelho, Fernando Lopes não soube, contudo, precisar as vítimas ou as casas ardidas.
“Não tem havido comunicações e isso dificultou muito. Temos muitas casas ardidas em várias localidades, mas não sei quantas ao certo”, disse.
O autarca frisou ainda que o fogo “não dá sinais de querer abrandar” e que têm “poucos meios” a combatê-lo.
“Todos temos ajudado e todos somos poucos”, lamentou o presidente da câmara.
O Governo declarou na madrugada de hoje o estado de contingência para o incêndio que deflagrou na tarde de sábado em Pedrógão Grande e que alastrou rapidamente aos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, todos no distrito de Leiria.
“O estado de contingência ativa determinados meios e permite também outras possibilidades para tudo o que se vier a desenrolar a partir daqui e também para o que já aconteceu”, disse o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O IC8, que liga Pombal a Vila Velha do Ródão, está cortado desde sábado, e já esta manhã a Autoestrada n.º 13, que liga Tomar a Coimbra, foi também fechada ao trânsito no nó do Avelar (Ansião).