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ICNF encerra estradas das matas a partir de amanhã

Permanência ou passagem de pessoas nas áreas verdes da região vão estar condicionadas. ICNF corta acessos devido ao elevado risco de queda de árvores centenárias e de grande porte.

As estradas vão encerrar e o cenário, que se viveu após o temporal que em 2013 devastou o pinhal de Leiria com a queda de centenas de árvores, vai repetir-se. O ICNF vai encerrar ao trânsito todas as estradas da mata nacional, nos próximos dias, por questões de segurança.

O anúncio foi feito pelo próprio presidente do ICNF, Rogério Rodrigues, este domingo ao REGIÃO DE LEIRIA: “É desaconselhado, como vi hoje [domingo], a permanência ou a passagem de pessoas nestas áreas. Por vezes, a curiosidade é muita mas as pessoas têm que se consciencializar que há um enorme risco de vida, e dos seus bens, por passarem nessas áreas. E, por isso, a nossa avaliação vai ser no sentido de encerramento de todas estas áreas para proteger as pessoas”.

O responsável esteve durante o dia de hoje na região, acompanhado por técnicos do ICNF a avaliar as zonas verdes da mata, áreas que não foram atingidas pelo incêndio de 2017. “Desde logo cedo, viemos fazer uma avaliação à mata, sobretudo na parte verde, em áreas que não arderam. São caminhos que tendo ficado abertos, porque não tinham sido atingidos pelo incêndio, agora foram infelizmente áreas muito danificadas com este ciclone. Há árvores centenárias que caíram, árvores de enorme dimensão e o problema não é só, ou tão só, as árvores que caíram e o risco que constituem mas, da avaliação que fizemos, durante algumas horas, em todo o percurso desta área, existem muitas árvores, centenárias e de grande porte, que estão em enorme risco de queda”, afirmou Rogério Rodrigues.

A partir de amanhã, segunda-feira, as estradas que abrangem as áreas do Pinhal de Leiria (concelho da Marinha Grande) mas também Mata do Pedrógão (Leiria) e Mata do Urso (Pombal) vão ficar condicionadas e o trânsito estará proibido. “A curiosidade tem que ficar para trás e as pessoas não podem permanecer, muito menos circular nestas zonas, porque podem estar em perigo. Há muitas árvores com enorme risco de queda e o problema é que o inverno só agora vai começar. Temos quatro, cinco meses ainda que nos vão mostrar se as 20% ou 30% de árvores que não caíram, ainda vão poder cair”, salientou.


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