Assinar
Cantinho dos Bichos

Um fim digno para o melhor amigo de quatro patas

Os animais de estimação fazem cada vez mais parte dos lares portugueses. Para muitos donos, os patudos são membros da família. Mas não são eternos e na hora da despedida surge a grande questão: como dar um fim digno ao amigo de quatro patas?

Joana Magalhães Jornalista joana.i.magalhaes@regiaodeleiria.pt Os animais de estimação fazem cada vez mais parte dos lares portugueses. Para muitos donos, os patudos são membros da família. Mas não são eternos e na hora da despedida surge a grande questão: como dar um fim digno ao amigo de quatro patas? Essa é a dúvida a que a SecoPet, em Leiria, dá resposta. A funerária tem serviço de cremação animal desde o início de julho deste ano e tem tido alguns clientes. Para Marisa Seco, uma das proprietárias da Agência Funerária Seco, que detém a Secopet, este processo “ajuda um bocadinho no luto” e “dá um fim mais digno aos animais”. O serviço inclui a recolha e transporte do animal até um crematório em Lisboa, porque em Leiria não existe um espaço com essas funções. O dono recebe uma caixa de madeira com as cinzas e um certificado de cremação. A ideia já tinha surgido há algum tempo entre os três irmãos proprietários da empresa familiar. “Temos uma relação muito próxima com animais e era um sonho nosso podermos ter este serviço”, explica a responsável ao REGIÃO DE LEIRIA. Fifi, uma cadela já com 13 anos, é a mascote da funerária. Além da caixa em madeira, os donos dos patudos poderão optar por outro tipo de urna. A funerária também dispõe de lápides com espaço para uma fotografia e uma mensagem sobre o animal. Os preços variam consoante o peso: até 1kg são 119 euros e a partir dos 5kg o valor começa nos 165 euros. Até à ocasião, a funerária animal efetuou quatro cremações. A proprietária conta que, em algumas ocasiões, as pessoas “estão muito mais tristes do que com familiares”. Marisa Seco explica que o serviço ainda não é muito rápido por haver necessidade de reunir dois ou três animais para transporte, sendo esta a única forma de manter os preços praticados. Além dos cães e gatos, a funerária também efetua cremações de roedores. Em Leiria não existe cemitério para animais, o que leva as pessoas a procurar os serviços da SecoPet como alternativa. Para a responsável, um cemitério para animais “iria funcionar super bem e as pessoas iam aceitar a 200%” mas a falta de espaço na zona de Leiria não o tem permitido.   Sabia que… Cemitérios para animais Em Portugal existem quatro cemitérios para animais, em Lisboa, Castelo Branco, Santa Maria da Feira e Lagos (Algarve). Jardim Zoológico de Lisboa O primeiro cemitério para animais em Portugal nasceu em 1934, no Jardim Zoológico de Lisboa. Atualmente o espaço possui 2.050 metros quadrados. Crematórios em Portugal Em Leiria não existe crematório para animais. As empresas que disponibilizam esse serviço transportam os animais até um local para esse efeito. Cremação individual e coletiva Existem dois tipos de incineração de animais: individual e coletiva. Na individual o animal é cremado separadamente e são entregues as cinzas e um certificado ao dono. Na coletiva a incineração é feita juntamente com outros animais, o que impossibilita a distinção das cinzas e posterior recolha. Enterros em locais privados Para muitos donos é comum optar por enterrar o corpo do animal em sítios como quintais, ou terrenos privados. A cremação ou enterro de cadáveres de animais de companhia em locais que não estejam certificados para esse efeito constitui uma contra-ordenação punível com coimas. Urna Biotree.earth A urna Biotree.earth é 100% biodegradável, composta a partir de fibras naturais de plantas, e foi desenhada para ser transformada numa árvore. As cinzas provenientes da incineração do animal servem de nutriente para gerar a árvore.

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados