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Porto de Mós

Em Porto de Mós, T-Bone guarda grelhados saídos da chama alta

Aberta na véspera da pandemia, a casa tem colhido agora os louros de investir num conceito ainda tímido na região: ambiente à meia luz e cortes com personalidade, assados em fogo alto

Aos distraídos, é possível que o lugar passe despercebido. Mas basta seguir adiante, após o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, e estar atento que a logomarca vai anunciar o espaço e sua vertente principal: a carne sob o formado de uma steakhouse.

Anderson Vasconcelos e Luciana Oliveira comandam a steakhouse com influência brasileira

Antes conhecida como Casa da Maricotas, o restaurante atende desde fevereiro por T-Bone, nome escolhido por Anderson Vasconcelos para apresentar a proposta onde sempre quis investir.

“Não é uma churrasqueira”, avisa de antemão o chef. “Longe disto, longe de frango assado”, completa o brasileiro, que veio para Portugal “para conhecer a cozinha portuguesa”, mas acabou nos bastidores do Fogo de Chão, em Lisboa, restaurante reconhecido pelas carnes no Brasil. De lá, recebeu a proposta para assumir o Domundo, na praia das Paredes, mas foi a oportunidade de fazer um negócio ao seu modo que o fez propor uma sociedade a Luciana Oliveira.

À frente do negócio, a brasileira estava justamente à procura de alguém que assumisse os preparos quando recebeu a visita do conterrâneo. A parceria deu certo e já no primeiro dia de trabalho o cozinheiro começou a desenhar a ementa.

Sandes T-Bone: bolo de caco, entrecôte, queijo e salada

Ciente de que os grelhados “agradam a todo mundo”, Anderson tratou de investir no que podia fazer de diferente. A carne, portanto, é obrigatoriamente fresca e os cortes fogem dos ordinários também em apresentação. O bitoque, por exemplo, vem com picanha, enquanto a sandes que leva o nome da casa pode vir recheada com duas fatias de entrecôte (a capa do contrafilé), numa versão em bolo do caco.

Mas antes de chegar aos principais, a paragem obrigatória costuma ser pela porção de camarões grandes e panados, servida com maionese picante. “É um lugar escondido. É pela qualidade que as pessoas vêm”, aposta o cozinheiro, rodeado de quadros em referências a clássicos da música, como Rolling Stones e Michael Jackson.

Os camarões panados fazem sucesso entre as opções para entrada

O imponente tomahawk (junção da costela com o bife ancho, agarrado ao osso) e o naco da vazia também constam entre as opções, mas boa parte dos clientes rende-se mesmo ao rodízio, nome dado à tábua mista que, por um preço único de 10,90 euros, pode ser reposta conforme a fome do cliente. Para além de salsicha, picanha e peito de frango, o combinado acompanha arroz branco, feijão à brasileira, batata frita caseira, salada russa e tradicional.

Rodízio: a tábua mista é servida a preço único e à discrição

Mas o toque do chef continua lá: “O meu esquema (de confeção) é chama alta para dourar por fora e deixar a carne suculenta por dentro”, explica Anderson, que tem confiança no resultado das apostas vindas do carvão. “Se não gostar, não paga”, garante.

T-bone

913 516 330
Av. Nuno Álvares Pereira, nº 93, Porto de Mós
Funcionamento De segunda a domingo, das 12h às 15h. Às sextas e sábados das 19h às 23h
Preço médio 15 euros
Capacidade 84 pessoas

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