João Almeida (Deceuninck-QuickStep) tornou-se hoje, aos 22 anos, o segundo português a vestir a camisola rosa da Volta a Itália em bicicleta, repetindo 31 anos depois o feito de Acácio da Silva.
O jovem de Caldas da Rainha conseguiu no Monte Etna subir ao topo da Volta a Itália em bicicleta, no mesmo local onde Acácio da Silva em 22 de maio de 1989 tinha vestido de rosa.
João Almeida subiu à liderança após a terceira etapa, que foi ganha pelo equatoriano Johnatan Caicedo (Education First).
Almeida tem o mesmo tempo de Caicedo na geral, mas tem vantagem nos centésimos de segundo no contrarrelógio da primeira etapa.
Em 1989, Acácio da Silva, que também liderou a Volta a França, teve a camisola vestida durante apenas um dia, perdendo-a na terceira etapa para o italiano Silvano Contini, após um contrarrelógio por equipas.
Esta é a primeira grande volta do ciclista caldense que, em declarações à Lusa, na última semana, disse sonhar em vencer a classificação da juventude.
À terceira etapa do Giro conseguiu a camisola rosa, assumindo a liderança da geral individual da Volta a Itália, e confessou estar “sem palavras”, mas “superfeliz”.
Emocionado, o jovem das Caldas da Rainha explicou aos jornalistas que ainda não conseguia “acreditar” no que tinha acabado de fazer. “Estou superfeliz, sem palavras”, atirou.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Sabia que tinha sido “muito perto”, que tinha cortado a meta “com pouco mais de um minuto” para o vencedor da tirada, o equatoriano Jonathan Caicedo (Education First), passando depois o tempo de espera até ver confirmada a ‘maglia rosa’ com “excitação”.
Os dois têm o mesmo tempo, desempatando para o luso o tempo conseguido no contrarrelógio da primeira etapa, e João Almeida tornou-se assim no segundo português a liderar o Giro, conseguindo o feito no mesmo local onde Acácio da Silva, em 22 de maio de 1989, tinha ganho a rosa, que vestiu apenas por um dia.
Mais tarde, na conferência de imprensa após a tirada, voltou a descrever o momento como “um sonho tornado realidade”, após uma subida ao Etna que qualificou como “um teste ao sofrimento”.
“Rodava-se muito rápido desde o início [da subida], estava a tentar o meu melhor para controlar o meu esforço. Com o vento muito forte mais em cima, decidiram começar a fazer diferenças, e aguentei ao máximo até à meta”, atirou.
Olhando para a frente, João Almeida define uma prioridade imediata: “descansar bem”. Depois, afirmou, é “dar o melhor nos próximos dias”, a começar pela defesa da camisola rosa já na quarta etapa, na terça-feira, entre Catânia e Villafranco Tirrena, num traçado de 140 quilómetros.
“Quero manter a camisola o máximo que possa, e claro que quero ganhar uma etapa, seria a cereja no topo do bolo”, explicou, já na conferência de imprensa.