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Saúde

Águas termais da região têm propriedades anti-inflamatórias

Resultados contribuem para a “validação científica, pela primeira vez, das propriedades anti-inflamatórias das águas termais da região Centro”, explicam autoras do estudo.

As águas termais da região Centro têm propriedades anti-inflamatórias, segundo um estudo que foi realizado por uma equipa de investigadores das universidades de Coimbra e da Beira Interior.

Em comunicado, o consórcio Termas do Centro, onde se incluem as Termas da Piedade, em Alcobaça, e as Termas de Caldas da Rainha, especifica que o estudo investigou as propriedades anti-inflamatórias de 14 águas termais com origem em termas da região Centro e que os resultados confirmam cientificamente que estas águas têm benefícios no alívio de sintomas e no tratamento de diversas doenças associadas a situações de inflamação.

“Os nossos resultados contribuem para a validação científica, pela primeira vez, das propriedades anti-inflamatórias das águas termais da região Centro, usando modelos celulares de inflamação. As conclusões sustentam a utilização das águas termais no tratamento de doenças relacionadas com a inflamação e, ao mesmo tempo, promovem a sua posterior aplicação em produtos cosméticos e dispositivos médicos”, sublinham as autoras do estudo, publicado em dezembro na revista “Scientific Reports”, citadas na nota de imprensa.

A investigação foi realizada por uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (CNC-UC), liderada por Teresa Cruz Rosete e Cláudia Pereira, e conduzida por Ana Cristina Silva, e por investigadores da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI), do grupo de investigação de Ana Palmeira, que trabalharam em conjunto para validar o uso tradicional das águas termais da região Centro.

O trabalho centrou-se nas propriedades anti-inflamatórias de 14 águas termais com origem em termas da região Centro e, a nível laboratorial, células da imunidade inata, mais especificamente macrófagos, foram estimuladas com um agente inflamatório, sendo depois expostas a estas águas.

“Verificou-se, como resultado, a diminuição da produção de mediadores inflamatórios, ou seja, a redução da resposta inflamatória neste modelo celular. Concretamente, das 14 águas termais alvo do estudo, 11 apresentaram uma redução significativa na produção de óxido nítrico, presente em situações inflamatórias”, é referido.

Adriano Barreto Ramos, coordenador da rede Termas Centro, também citado no comunicado, salienta a importância dos resultados deste estudo para as estâncias termais da região, uma vez que investigações como esta “demonstram, de forma científica, o papel das águas termais no restabelecimento da saúde dos aquistas”.

“Além disso, estes estudos abrem caminho ao desenvolvimento de produtos naturais com efeitos anti-inflamatórios, com base nestas águas”, acrescenta.

Hugo Gaspar, diretor-geral do Your Hotel e Spa, onde estão localizadas as Termas da Piedade, defende que “este tipo de estudos vem evidenciar, autenticar e credibilizar o trabalho das Termas na saúde dos portugueses ao longo dos anos”, bem como “reforçar e justificar o grande investimento feito ao longo dos anos para a reabertura, em 2019, do serviço termal da Piedade”.

“A água da Piedade é Hipersalina Cloretada Sódica com características e propriedades únicas sendo indicadas para tratamentos de problemas do aparelho músculo-esquelético, aparelho digestivo, aparelho urinário e também algumas doenças de pele”, esclarece o responsável.

A investigação contou com o apoio do consórcio Termas Centro, através do projeto PROVERE Valorização das Estâncias Termais da Região Centro.

(com Lusa)

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