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Corpo dorido obriga empresário a regresso lento ao trabalho

A tosse e a expetoração são as marcas que ficam depois de Luís Porém ter estado infetado com o novo coronavírus. As notícias “alarmantes” e o receio e medo de precisar de tratamento hospitalar são alguns dos inimigos de quem está em isolamento em casa, diz.

É no caminho para casa, no final do dia de regresso ao trabalho, que Luís Porém conta ao REGIÃO DE LEIRIA a experiência das últimas semanas, em que esteve infetado com SARS-CoV-2.

Entre a tosse e a expetoração, é grande o esforço para manter o diálogo, numa fase em que “até falar ao telemóvel cansa”.

Este administrador da Bomcar, em Leiria, foi diagnosticado com Covid-19 a 10 de janeiro e esteve em isolamento em casa até dia 31. Na segunda-feira aventurou-se no regresso à empresa, o que se revelou um desafio.

“Não é fácil ouvir pessoas e lidar com os assuntos”. Luís Porém diz sentir um cansaço que não sabe descrever, principalmente devido à tosse e expetoração que permanecem, apesar de já não estar infetado. “Parece que estou todo moído”.

Entre os primeiros sintomas identificados apareceram as dores de corpo e cabeça, a tosse e expetoração.

O período mais complicado foram os dez dias em que teve febre, entre os 37º e os 37,5º. “Não foi muito alta, mas o suficiente para me sentir febril”, explica.

Além do apoio “incansável” dos médicos que o acompanharam, o “grande auxiliar” foi a sua máscara para a apneia do sono que ajudou no controlo da respiração.

O empresário Luís Porém não necessitou de tratamento hospitalar, mas nem por isso ficou menos marcado. “As notícias são de tal forma alarmantes que começamos a ficar com receio e medo de tudo o que se está a passar”, afirma. E acrescenta: “O nosso cérebro dá muitas voltas”.

Se pudesse dar um conselho a quem ainda não esteve infetado, que nega a gravidade do vírus ou desrespeita as medidas impostas, o empresário diria que “se proíbam de andar sem máscara” e evitem frequentar espaços fechados e ambientes quentes.


Secção de comentários

  • Tania gomes disse:

    é uma Entidade chamad Sindrome Pós Covid…Apesar da evidência ainda limitada, sabe-se que, após três semanas de infeção por SARS-CoV-2, cerca de 10% dos doentes permanecem sintomáticos. Os sintomas podem persistir por mais de 12 semanas.
    Era um excelente tema a abordar visto que muitos julgam que manter certos sintomas significa que ainda tem infeção ativa quando na realidade lidam com este sindrome

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