Um colega de Diogo Castro ficou contaminado e logo o comercial na área dos transportes e a namorada, Eva Ramalho, ambos com 30 anos, se isolaram em casa: ele era um contacto de risco, ela por iniciativa própria. Diogo acusou positivo dias depois, Eva apenas após os sintomas se revelarem.
Primeiro dores de garganta e de cabeça, “bastante fortes”, depois congestionamento nasal, perda de olfato e do paladar, diarreia e
grande cansaço. “Ainda estou de baixa, ainda tenho sintomas. Têm
sido dias complicados”, conta Eva Ramalho, a partir de casa, onde
está desde 1 de fevereiro.
Chegou a ir ao hospital, “apenas para garantir que estava tudo bem, felizmente não houve necessidade de ficar”.
O isolamento a dois atenuou a tensão. “Pela nossa sanidade mental, volta e meia fazíamos um passeio higiénico por toda a casa, íamos às janelas… Tem de ser, se não uma pessoa dá em doida”. Mantiveram o “sangue frio”:
“Acabámos por trabalhar noutros projetos que temos e lidámos com os sintomas um dia de cada vez”. “Nisto”, sublinha, “todos os dias são diferentes: num sentimo-nos com mais força, noutro estamos completamente exaustos e não conseguimos fazer nada. Só por a roupa a lavar cansa muito”.
Diogo já teve alta e agora Eva lida individualmente com a questão. Quando estiveram ambos isolados, os pais garantiram a entrega das compras necessárias à subsistência.
A gestora de produção espera recuperar totalmente e voltar ao trabalho entretanto. E quer ser vacinada assim que for possível. “Não é por nós, é pelos nossos. Tememos que os nossos familiares fiquem infetados.
Esperamos que cheguem vacinas para todos, para atingirmos a imunidade de grupo e voltarmos ao normal”.