Já tinha vivido um período de isolamento profilático, após contacto com um caso positivo, mas só testou positivo à Covid-19 semanas mais tarde, quando a mulher, enfermeira no Hospital de Santo André, em Leiria, confirmou que estava infetada.
Didier Lopes, militar da GNR no Destacamento de Trânsito de Leiria, acabou por ficar isolado, com a mulher, num quarto em casa, enquanto as filhas, de 17 e 20 anos, ambas com teste negativo seguravam as pontas.
“Foi uma situação engraçada porque, pela primeira vez, elas tomaram conta de nós”, diz.
Com dores ligeiras na coluna, ao sexto dia teve febre. A temperatura elevada persistiu e foi encaminhado para o Serviço de Urgência para despistar uma possível pneumonia, numa altura em que os casos a nível nacional atingiam o pico.
“O vírus esteve no meu organismo de forma silenciosa, mas não menos gravosa nas suas consequências”, diz o militar de 46 anos que acabou por ficar internado sete dias, devido a “uma oximetria muito baixa”.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>“O mais difícil foi, sem dúvida, a incerteza. Acabamos por nos sentir desprotegidos. Nesse período a minha esposa estava em casa, com sintomas físicos muito mais expressivos, estava preocupado e com o sentimento de impotência perante o que estava a acontecer”, reconhece.
Com o apoio da família e amigos, “tudo se torna esquisito por não termos o controlo do que esta a acontecer”, acrescenta.
Atualmente, Didier Lopes já regressou ao trabalho e acompanha “com atenção os sinais que possam surgir” de mazelas da doença, ao mesmo tempo que anseia por regressar à rotina desportiva e agradece “a todos os que diariamente lutam nesta pandemia”.