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Autárquicas 2021

Autárquicas: CDU alerta para “enorme défice de qualidade” do urbanismo em Leiria

O economista Sérgio Silva já tinha sido anunciado como candidato à Câmara e a empresária Joana Cartaxo como número um da lista à assembleia municipal.

A CDU alerta para “um enorme défice de qualidade do urbanismo” e defende uma atenção especial ao Centro Histórico nas linhas programáticas da candidatura à Câmara de Leiria, que ontem, sexta-feira, ao início da noite, foram apresentadas pelo cabeça de lista, Sérgio Silva.

“O urbanismo em Leiria apresenta um enorme défice de qualidade. Tudo está estruturado para que os operadores imobiliários obtenham o máximo lucro com o mínimo investimento. As nossas grandes zonas residenciais são amontoados de caixotes, asfalto, maioritariamente em estado degradado, e espaços municipais mal cuidados ou totalmente descuidados”, lê-se no documento enviado à agência Lusa.

A CDU escolheu o Mercado de Santana, em Leiria, para a apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos concelhios e das linhas programáticas da candidatura.

Referindo que escasseiam parques infantis, não existem “espaços de jogo e recreio para os jovens” e faltam “espaços e equipamentos públicos para os reformados poderem conviver”, Sérgio Silva aponta, também, um défice de estacionamento e a inexistência de “serviços eficazes de transportes coletivos de passageiros”, de ciclovias ou “limpeza pública regular”.

“Qualificar as zonas residenciais, esta miríade de urbanizações caóticas e de antigas aldeias, com intervenções urbanísticas, sociais, culturais, ambientais, de limpeza pública, de acessibilidade e mobilidade, com a construção e melhoria de infraestruturas e equipamentos, e começar a ordenar o desordenado, vai estar entre as prioridades da intervenção dos eleitos da CDU”, afirma.

Quanto ao Centro Histórico de Leiria, salienta que tem de ser objeto de uma “atenção especial”, classificando como lamentável a Câmara ter desmantelado o Gabinete do Centro Histórico e colocado de lado o plano de salvaguarda, preconizando que “um e outro têm de ser recuperados”.

Nas linhas programáticas, a coligação, formada por Partido Comunista e Partido Ecologista “Os Verdes”, assinala ainda a poluição na bacia hidrográfica do Lis, com Sérgio Silva a realçar que o problema tem de ter solução.

Observando que a CDU há dezenas de anos se bate “pelo reforço do investimento na rede de recolha e tratamento de esgotos e, portanto, no reforço do financiamento e do investimento dos SMAS [Serviços Municipalizados de Água e Saneamento]”, Sérgio Silva adianta que o PS, partido que lidera o município, “pelo contrário, depois de ter tentado privatizar os SMAS, mantém níveis muito baixos de investimento”, pelo que é preciso investir mais para resolver a poluição por esgotos domésticos.

No âmbito da educação, a CDU quer dotar “todo o concelho com equipamentos de ensino municipais de qualidade” e lutar “pela concretização da universidade pública em Leiria”, sendo que entre as preocupações centrais está, igualmente, “apoiar as famílias trabalhadoras com a constituição de uma rede de creches de qualidade”.

Sérgio Silva: “Gestão de recursos humanos da Câmara tem sido profundamente errada”

Já sobre a promoção do desenvolvimento económico, o cabeça de lista considera que “Leiria precisa de ordenar, qualificar e ampliar” várias zonas industriais existentes, e deve tudo fazer para se concretizar a Zona Industrial de Monte Redondo.

No documento, no qual são mencionadas outras prioridades, do desporto à cultura, passando pelos espaços verdes, o candidato realça os resultados dos Censos 2021, notando que “todo o território fora das freguesias urbanas perdeu população”.

“Temos no concelho o nosso próprio Interior, uma parte muito significativa das nossas freguesias a carecer de atenção”, adverte Sérgio Silva.

Classificando a gestão do PS como “burocrática, afastada das populações, ao serviço de interesses, incapaz de dar resposta aos problemas e desafios do concelho”, a CDU contrapõe com “um modelo de gestão participada, com planeamento, com uma gestão financeira de rigor” numa “relação permanente com as populações”.

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