A cada ano o Cistermúsica cresce e chega mais longe – mesmo em pandemia. Em 2021, o festival de música de Alcobaça realizou 35 espetáculos em 38 dias, envolvendo 466 e 3.300 espectadores. Muitos concertos esgotaram, atingindo, em média, lotações de 85 por cento, anunciou a organização.
Num balanço final, a organização do Cistermúsica frisa que “se os números não são tudo”, até porque há um lado da fruição não quantificável, os mesmos “não deixam de ser uma preciosa ajuda para explicar a adesão dos espectadores a uma política de programação tão sólida quanto abrangente”, lê-se em comunicado divulgado.
Ao longo de mais de um mês, além de Alcobaça, o Cistermúsica chegou a Porto de Mós, Marinha Grande, Évora, Castelo Branco, Coimbra, Penacova e Lisboa.
O diretor do festival, Rui Morais, admite estar “muito feliz” pela “excelente qualidade dos espetáculos apresentados”, lembrando o esforço “de toda a equipa do festival” que, perante um contexto complexo, que obrigou a “alterações sucessivas das regras a cumprir”, permitiu “concretizar com bastante sucesso o Cistermúsica mais ambicioso da sua história”.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Já o diretor artístico André Cunha Leal considera que esta é uma edição com “todas as provas superadas”, tanto pela afluência do público, como pela oferta artística.
“Exemplo disso foram as duas óperas encenadas que constituíram uma autêntica prova de fogo. Quando nos tempos que correm tantas vezes se tem medo de arriscar, em Alcobaça não houve problema em fazer-se ‘La Serva Padrona’ e ‘Maria de Buenos Aires’, óperas que queremos pôr em circulação”, adianta.
E essa ambição será mesmo uma realidade: prolongando o festival para além das datas oficinais, estão já programadas duas récitas da ópera “Maria de Buenos Aires”, a 22 de agosto no Centro Cultural de Belém, e a 5 outubro no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.
Terminada a 29ª edição, pensa-se já na próxima. E o 30º Cistermúsica já tem datas: vai acontecer de 24 de junho a 31 de julho de 2022 e terá como temática principal as grandes histórias de amor – desde logo a de Pedro e Inês.
