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Saúde

PSD reclama vagas para intensivistas nos hospitais do Oeste

Deputados alertaram que para a UCI funcionar “deverá ser necessário formar intensivistas e, neste caso, serão necessários, pelo menos, oito médicos com a referida especialidade clínica”.

Foto: Joaquim Dâmaso

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria alertaram o Governo para a necessidade de médicos intensivistas nos hospitais do Oeste, onde foram abertas apenas duas vagas, mas são precisos oito profissionais.

O pedido tem por base o anúncio efetuado em abril pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, também ele do distrito de Leiria, sobre a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) no Centro Hospitalar do Oeste, dotada de 12 camas e que funcionará nos hospitais das Caldas da Rainha (na imagem) e de Torres Vedras, ambos do Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido, os deputados alertaram ontem, quarta-feira, que para a UCI funcionar “deverá ser necessário formar intensivistas e, neste caso, serão necessários, pelo menos, oito médicos com a referida especialidade clínica”.

Porém, pode ler-se no documento, ”só foram abertas duas vagas para a especialização de intensivistas”, levando os social-democratas a questionar quando vão ser abertas mais vagas e que “política de atratividade para fixação de profissionais de saúde na abrangência do CHO” preconiza o Ministério.

No documento, os deputados eleitos pelo círculo de Leiria lembram ainda que o atraso na conclusão das obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha “tem acarretado uma sobrelotação fortemente lesiva dos direitos dos utentes do Serviço Nacional de Saúde ali internados”, os quais, acrescentam, “desesperam durante horas e mesmo dias em macas nos corredores”.

Alertando para a necessidade das obras nos serviços de Obstetrícia e Neonatologia, os deputados consideram que “tardam as decisões sobre o futuro destas especialidades no hospital das Caldas da Rainha” e lembram que “apesar de aprovado o hospital de dia de diabetes” para aquela unidade, o mesmo ainda não foi instalado.

Assim, querem saber qual a data prevista para a conclusão das obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha, bem como qual o ponto de situação dos projetos para as obras na Obstetrícia, na Neonatologia e para a instalação do hospital de dia de diabetes.

A pergunta é ainda extensiva à ADR – Área Dedicada a Doentes Respiratórios, cujo investimento efetuado até ao momento com este serviço os deputados querem conhecer.

Qual o prazo para a conclusão do Plano Diretor do CHO é outra das questões colocadas à ministra, a quem os deputados perguntam também qual o ponto de situação sobre as candidaturas aprovadas no âmbito do SAMA – Sistema de Apoio à Transformação Digital da Administração Pública.

“Sem perder no horizonte a construção de um novo Hospital do Oeste”, mas convictos de que a sua concretização “dificilmente decorrerá antes de uma década”, os deputados perguntam também sobre a eventual ampliação do Hospital das Caldas da Rainha, “para fazer face aos desafios nesse período criando condições de trabalho para os profissionais e com consequência imediata na melhoria do acesso aos serviços de saúde por parte dos utentes”.

Por último, querem saber a posição da ministra da Saúde sobre a eventual reversão do CHO novamente em Centro Hospitalar do Oeste Norte e Centro Hospitalar do Oeste Sul, para quando o aumento do capital estatutário da Empresa Pública Empresarial (EPE) e para quando a reclassificação do Hospital das Caldas da Rainha.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche e abrange, além destes concelhos, as populações de Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.

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