O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Litoral está a registar um “aumento considerável” de casos nos últimos dias.
Dos 20 casos/dia que se registaram há um mês, ou mesmo dos zero casos/dia há cerca de mês e meio, esta semana, nos últimos quatro a cinco dias, os profissionais de saúde no ACES PL validaram a existência de 100 casos positivos/dia. A 30 de outubro estavam internados na região centro do país sete doentes em unidades de cuidados intensivos (UCI), mas na passada quinta-feira, dia 18, na mesma área geográfica, o número já contabilizava 21 utentes internados em UCI.
A informação foi adiantada esta sexta-feira à noite pelo delegado de saúde Rui Passadouro, da Unidade de Saúde Pública do ACES PL, durante a reunião do Conselho Municipal do Desporto, da Câmara de Leiria. “Temos que avançar e continuar com as atividades e esse avanço suporta-se numa evidência que é a vacinação. Temos muitos casos positivos, mas menos do que há um ano e com menos casos graves e menos internamentos. Ainda assim, a situação [pandémica] está em crescimento e espera-se que agrave mais até ao Natal”, afirmou.
O responsável esteve presente na reunião para sensibilizar os dirigentes desportivos sobre como proceder na prática da atividade desportiva, em situações de identificação de casos positivos e na aplicação dos planos de contingência, de modo a assegurar que a prática das atividades desportivas é possível.
“Deverá existir bom senso na ocupação das bancadas. Não há limites de acesso [do público, neste momento] e, por isso, nas atividades em que não é possível manter o distanciamento, o risco é maior”, disse.
Para o médico, o “ideal” será ter lugares marcados, com distanciamento e uso de máscara obrigatório para todas as atividades (ao ar livre ou em recinto fechado), além da higienização das mãos.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Numa época propícia a gripes e constipações, excluir a Covid-19 deve ser uma das prioridades dos clubes, entende Rui Passadouro. “Introduzir, logo à partida, no treino, a pergunta ‘Está tudo bem? Em casa estão todos bem?’, perceber se os atletas manifestam algum sintoma e excluir, por exemplo, com um teste rápido, a possibilidade de Covid-19 são práticas fundamentais e que podem isolar logo um caso [positivo] e não envolver outras pessoas”, explicou.
Os períodos de refeição, lanches e almoços, entre atletas, bem como o uso de balneários são consideradas como “zonas críticas” para a Covid-19, adiantou Rui Passadouro.
Ter conhecimento dos planos de contingência e aplicá-los de forma correta são outras atitudes que podem prevenir a multiplicação de casos de infeção, justifica.
Tal como na época passada, a Câmara de Leiria continua a disponibilizar testes rápidos aos clubes, com o objetivo de identificar os casos e travar a infeção.