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Pombal aprova regulamento para salvaguardar seis aldeias de Sicó

Medidas visam salvaguardar o património histórico e cultural das povoações serranas.

A Câmara de Pombal aprovou hoje um regulamento para salvaguardar seis aldeias serranas do Maciço Calcário de Sicó, com o objetivo de valorizar o património cultural destes territórios, disse à agência Lusa o presidente do município.

“O objetivo é valorizar aquilo que é o património cultural que temos nas nossas aldeias serranas, porque temos um tesouro, que é o Maciço Calcário de Sicó em Pombal e que é partilhado com outros municípios na área das Terras de Sicó”, afirmou Pedro Pimpão.

O regulamento, aprovado por unanimidade, visa as aldeias de Arroteia, Poios, Chão de Ulmeiro, Pousadas Vedras, Ereiras e Vale, localizadas das freguesias de Pombal, Redinha e Vila Cã.

Pedro Pimpão salientou que o documento, que ainda vai ser submetido à Assembleia Municipal, pretende “garantir que há medidas do ponto de vista urbanístico que vão salvaguardar aquilo que é o património histórico e cultural destas aldeias”.

“Basicamente, qualquer intervenção que venha a ser feita no futuro nestas aldeias tem de obedecer a este regulamento e tem de obedecer à traça histórica e a todas as componentes de arquitetura características de cada uma destas aldeias”, precisou.

Para o presidente da Câmara de Pombal, no distrito de Leiria, esta iniciativa “é uma forma de atrair pessoas”, porque as aldeias históricas “estão a ser muito requisitadas por investidores na área do turismo, nomeadamente alojamento local e outras áreas”.

“Se nós queremos que a nossa região de Sicó seja reconhecida nacional e internacionalmente como um sítio atrativo ao turismo sustentável, este tipo de projetos de intervenções urbanísticas que sejam de acordo com a preservação do património cultural vai tornar este território mais atrativo”, considerou.

O autarca reconheceu que, “infelizmente, há algumas aberrações [arquitetónicas] em algumas aldeias históricas”, defendendo que, se se preservar também a memória destas comunidades, “essas aldeias vão ser mais atrativas”.

“Vai haver mais pessoas a quererem viver para lá. É isso que eu espero”, declarou, adiantando que este regulamento urbanístico, “além de impor regras”, vai definir uma “estratégia de ocupação do espaço público, não só a intervenção em cada um dos edifícios, mas a sua relação com o espaço público”.

Segundo Pedro Pimpão, na associação Terras de Sicó “há um programa com financiamento comunitário – Rede de Aldeias de Calcário – e este regulamento também está interligado com esse programa, no qual existem incentivos para a reabilitação de imóveis”.

“Queremos ao nível das Terras de Sicó e em articulação com o município criar um conjunto de incentivos para que as pessoas invistam, porque queremos as aldeias com vida e isto é uma forma de termos as aldeias com vida, mas de uma forma que respeite aquilo que é o património cultural e histórico de cada uma destas aldeias”, acrescentou.

A Terras de Sicó é uma associação de desenvolvimento criada em 1995.

O território Terras de Sicó engloba a totalidade da área dos municípios de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure, nos distritos de Leiria e Coimbra, em torno do maciço da serra de Sicó, com uma área aproximada de 1.500 quilómetros quadrados, de acordo com o sítio na Internet da associação.

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