Para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA (1 de dezembro), a Câmara da Marinha Grande associou-se ao Centro de Saúde e aos Bombeiros Voluntários para promover esta quinta-feira uma ação de sensibilização para a importância da deteção precoce de VIH, com a realização de um rastreio aberto à população.
A iniciativa, gratuita e confidencial, decorre até às 18 horas numa tenda montada na praça Guilherme Stephens, estando aberta à participação de toda a população.
Para a análise, basta a colheita de uma a três gotas de sangue, sendo utilizados testes rápidos, que dão uma resposta em cerca de 30 minutos.
Já em Leiria, a efeméride é assinalada pelas Associações Juvenis do Distrito de Leiria com uma campanha de esclarecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis. A iniciativa, que decorre em vários espaços públicos, incluindo no Leiria Natal, estende-se até dia 15.
Este ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu o tema “Acabar com as desigualdades. Acabar com a SIDA” para assinalar a data.
Relatório sobre o VIH em Portugal só será divulgado para o ano
Ao contrário de anos anteriores, o relatório de 2020 sobre o VIH em Portugal não foi divulgado no Dia Mundial da Luta Contra a Sida, por falta de recursos para a sua atualização, devendo apenas ser divulgado até maio de 2022.
“Embora existam informações, recolhidas através da notificação clínica de casos e de outras fontes, sabe-se que não estão garantidas a abrangência e representatividade de dados que permitiria conhecer a dimensão e as características atuais da infeção, bem como compreender a sua evolução temporal”, explicam a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, num comunicado conjunto.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Referem ainda que a pandemia de Covid-19 determinou “a necessidade de desenvolvimento, atualização e gestão de múltiplas ferramentas de monitorização das suas várias dimensões, o que resultou no desvio dos recursos disponíveis, à semelhança do que se verificou noutros sectores envolvidos na resposta à pandemia” em Portugal e noutros países.
“A premência desta situação extraordinária sobrepôs-se às imprescindíveis atualizações e manutenção do sistema informático do VIH (SI.VIDA), o que impossibilitou a recolha atempada da informação necessária à elaboração do relatório”, sustentam.
Segundo a DGS e o INSA, “os indicadores em saúde valem acima de tudo por reproduzir fielmente a realidade”, adiantando que só assim é possível analisar o efeito das opções estratégicas e fundamentar a tomada de decisões.
“Nas atuais condições, com os dados disponíveis para os anos mais recentes, não existe essa garantia. Assim, entende-se não divulgar este ano a informação de progresso do VIH em Portugal, quer a nível nacional como internacional”, salientam.
O Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH reitera todo o seu empenho em garantir que o relatório seja disponibilizado até 30 de abril de 2022, para o que conta com o compromisso dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em solucionar as disfuncionalidades atuais do programa informático SI.VIDA, essencial para a recolha, gestão e divulgação da realidade da epidemia VIH em Portugal.
Com Lusa