Assinar
Cultura

Ninfas do Lis cantam jazz num disco que venceu a pandemia

“Sing & swing” foi apresentado pela primeira vez ao vivo no Sport Operário Marinhense.

Esteve quase dois anos na gaveta, mas finalmente aí está, pronto a ser ouvido. O quarto disco das Ninfas do Lis chama-se “Sing & Swing” e venceu a “inércia” imposta pela pandemia. É a mais recente aventura do coro feminino de Leiria, em que os 27 elementos surgem acompanhados por um quarteto de músicos jazz. No sábado, 26 de fevereiro, o novo álbum foi apresentado no Sport Operário Marinhense, onde as Ninfas do Lis e o maestro Mário Nascimento se assumiram “orgulhosos de, mesmo em pandemia, terem conseguido lançar mais um disco”.

Depois de em 2013 e 2018 terem gravado discos “tutti-frutti”, como lhes chama Mário Nascimento, e em 2015 terem homenageado Belo Marques com o registo das peças do compositor de Leiria, agora as Ninfas do Lis mergulharam no universo jazz, interpretando vários standards e também uma surpreendente missa jazz.

“Havia uma ou outra pessoa [no coro] que não apreciava muito jazz. Mas mudaram muito de opinião, porque notei que todo o coro adorou trabalhar este repertório, cheio de ritmo e de harmonias”, explica ao REGIÃO DE LEIRIA Mário Nascimento sobre esta que foi “a primeira experiência jazz significativa” das coralistas.

“É um estilo de música muito importante, tão importante como a música clássica, e é música atual e de grande qualidade. Foi importantíssimo mergulhar nesse repertório”, frisa o maestro, que é também responsável pelos arranjos desta edição, um exercício longo e exigente.

Em julho de 2020 foram realizadas as gravações com o quarteto jazz e só um ano depois as coralistas se juntaram no Teatro Miguel Franco para gravar as vozes. “Foi uma aventura. Quem ouvir vai sentir que estão uns com os outros, ainda que, na realidade, isso não tenha acontecido”.

A nova edição é, também, uma raridade a nível nacional, porque em Portugal “há poucas coisas que juntem no estilo jazzístico um coro acompanhado por um ensemble jazz”, frisa Mário Nascimento. E a aposta foi ganha: “A forma como fiz os arranjos, a forma como o coro cantou e como o quarteto se entregou a este projeto, acho que foi uma conquista vencida”.

Ao som de “Take Five”, “All the things you are” ou “Mood indigo” – e também em português, com “Solta-se o beijo’, da Ala dos Namorados, e “As peúgas do senhor reitor” -, o coro deu sábado vida à nova edição na Marinha Grande, voltando a festejar com o público – e a cantar sem máscara.

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.