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Marinha Grande

Autarquia da Marinha Grande diz que escolas não vão fechar no próximo ano letivo

A decisão prevê, no entanto, a reorganização da rede escolar do concelho.

A Escola Básica de Picassinos era um dos estabelecimentos de ensino em risco de fechar

O tema foi levantado por Lara Lino, vereadora da CDU, na reunião de Câmara do passado dia 9, face à polémica que tem gerado junto da população da Marinha Grande e as opiniões divididas no executivo. Em causa está o possível encerramento de quatro estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas da Marinha Grande Nascente.

Na segunda-feira, dia 16, a autarquia avançou em comunicado que “todos os estabelecimentos de ensino” do concelho vão continuar em funcionamento, no próximo ano letivo.

A decisão, explicou o Município na nota de imprensa, foi tomada em conjunto pela Câmara, o Agrupamento de Escolas do concelho e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), que “estão a trabalhar o início do processo de reordenamento da rede escolar”, para que “esteja concluído aquando da aprovação da Carta Educativa”, documento que se encontra “em curso”.

A autarquia reconhece a existência de escolas com “algumas fragilidades”, associadas ao “número de alunos, às condições pedagógicas, às instalações, aos serviços de refeições e ao apoio às famílias”. Como tal, precisam de ser reorganizadas, de forma a “garantir maior dinâmica letiva e reforçar a qualidade de ensino”.

Segundo o mesmo comunicado, do processo de auscultação dos encarregados de educação e docentes, designadamente das escolas de ensino básico de Amieira, Albergaria, Picassinos e Nery Capucho, resultou a seguinte proposta de reorganização:

  • EB de Amieira: uma turma mista (2.º e 3.º anos). Os alunos inscritos no 1.º e 4.º anos (reduzidas inscrições) têm escola de acolhimento na EB de Trutas. As crianças da EB de Amieira, por opção própria dos pais, poderão ainda transferir os alunos para a EB de Trutas, estabelecimento que terá quatro turmas.
  • EB de Albergaria: uma turma mista (2.º/3.º anos) e uma turma de 4.º ano. Os alunos inscritos no 1.º ano (reduzidas inscrições) têm escola de acolhimento na EB de Picassinos.
  • EB de Picassinos: Primeira opção (EB Picassinos) – uma turma mista (1.º e 2.º anos), uma turma de 3.º ano; Nery Capucho – uma turma de 4º ano. Segunda opção (EB Picassinos) – uma turma mista (1.º e 2.º anos) e outra turma mista de 3.º e 4.º anos.
  • EB Nery Capucho e Pinhal do Rei: todos os alunos do 7.º ano ficam integrados em turmas na Escola EB Nery Capucho, e os alunos do 8.º e 9.º anos, na Escola Pinhal do Rei.
  • Jardim de Infância do Engenho: abertura de uma turma do ensino pré-escolar.

Ana Alves Monteiro, vereadora da Educação, defende que “esta proposta é a que melhor concilia as pretensões dos pais” e permite criar “as melhores condições pedagógicas para as crianças”.

“O Município está focado na criação de todas as condições para que as crianças e jovens deste concelho cresçam, socializem e tenham um bom desenvolvimento no contexto escolar, com as melhores referências nos padrões pedagógicos e humanistas. Este é o propósito de todo o esforço e empenho que temos vindo a investir neste âmbito desde o início deste mandato”, acrescenta, citada em comunicado.

Na mesma nota de imprensa, a autarquia adianta que está a trabalhar nos centros escolares João Beare, Várzea e Vieira de Leiria, e a “concluir o levantamento dos trabalhos necessários, para a requalificação das escolas do 2.º e 3.º ciclos e secundário”.

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