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Ambiente

Leiria compra ‘drones’ para reforçar vigilância ambiental e Proteção Civil

Medida foi anunciada do decorrer da apresentação do Plano de Ação, Valorização e Sustentabilidade Ambiental, que inclui dez ações prioritárias.

A Câmara de Leiria vai comprar dois ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) para reforçar o Serviço Municipal de Vigilância Ambiental e a Proteção Civil, anunciou hoje o vereador com estes dois pelouros.

“Vão ser adquiridos dois ‘drones’ com tipologia diferente, que nos permitem fazer missões de reconhecimento, ou seja, recolha de imagem, e outro que tem maior porte e autonomia, inclusivamente em missões de Proteção Civil”, afirmou aos jornalistas Luís Lopes.

No caso do segundo ‘drone’, o vereador precisou que este permite “voar com uma maior velocidade de vento e ter uma autonomia para altitude superior”, para identificação, por exemplo, “de vítimas que estejam perdidas nalgumas áreas”, dado o equipamento ter sensores infravermelhos.

Luís Lopes falava após a apresentação do Plano de Ação, Valorização e Sustentabilidade Ambiental, que decorreu no Centro de Interpretação Ambiental de Leiria.

Naquele documento constam 10 ações, incluindo o reforço da monitorização e vigilância do Serviço Municipal de Vigilância Ambiental.

O autarca disse acreditar que no primeiro trimestre de 2023 os ‘drones’ possam estar operacionais e explicou que serão um meio de dissuasão e não apenas de apoio técnico.

Outra das medidas previstas no plano agora divulgado prende-se com a recolha de biorresíduos, já iniciada na freguesia de Regueira de Pontes, no âmbito do projeto de reciclagem porta a porta, mas que se vai estender no segundo trimestre de 2023 à zona urbana da sede do concelho, estimando-se a distribuição de dois mil contentores, a maioria junto de estabelecimentos de restauração.

“Antes de as pessoas começarem a ver um contentor castanho, temos de fazer uma forte campanha de comunicação e de capacitação, nomeadamente junto da restauração”, declarou Luís Lopes, referindo que há a necessidade de garantir que os cidadãos “percebem a necessidade de fazer esta separação” de resíduos, assim como de adequar o espaço público para mais um contentor.

Para esta recolha, o Município já conta com um veículo, mas vai ter um segundo, sendo que os biorresíduos serão depois encaminhados para a Valorlis, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos.

“Vai começar na área urbana, Leiria, Marrazes, Barosa e Pousos”, esclareceu, notando que é aquela que “tem maior número de residentes e maior potencial para produção de resíduos”, além de ser nesta zona que existem mais espaços de restauração.

O Plano de Ação, Valorização e Sustentabilidade Ambiental inclui a realização de um estudo técnico e económico para tratamento e valorização de efluentes agropecuários, a captação e promoção de investimentos para o ‘cluster’ empresarial de valorização energética e orgânica destes efluentes, o apoio à implementação de boas práticas alternativas aos espalhamentos de fertilização de terrenos agrícolas e o mapeamento de áreas agrícolas para valorização agrícola (espalhamentos). Todos estes projetos estão em execução.

O Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água e o Plano Municipal de Ruído – contemplando, neste caso, uma vertente de redução de ruído e uma campanha para a sua diminuição, a iniciativa – lançada recentemente – “Se não vestes, valoriza”, de valorização de resíduos têxteis, e a rede de parques de resíduos são as restantes ações.

O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, afirmou, na apresentação do plano, onde esteve todo o executivo socialista, que completa no sábado um ano de mandato, que o ambiente “é uma prioridade”.

“[O plano] é a concretização de um conjunto de ações para valorizar o potencial que Leiria tem na economia, bem-estar, captação de investimento, mas, sobretudo, da qualidade de vida”, declarou, frisando que para o concelho ter qualidade de vida a aposta no ambiente é decisiva.

No caso da valorização energética dos efluentes agropecuários, destacou a importância de “tornar esses resíduos um valor acrescentado para a economia”, considerando que, face ao momento atual de crise energética, o desafio é que se crie um “ambiente favorável” de investimentos para transformar em energia estes resíduos.

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