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Autárquicas 2021

Gonçalo Lopes quer resolver problema dos efluentes suinícolas em Leiria no próximo mandato

A sessão de apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Leiria contou com a presença de António Costa, numa sessão que juntou pouco mais de uma centena de pessoas.

Gonçalo Lopes, cabeça-de-lista do PS à presidência da Câmara de Leiria, afirmou hoje que “resolver definitivamente” o problema dos efluentes suinícolas é um dos cinco compromissos prioritários se ganhar as eleições autárquicas.

Na sessão de apresentação da candidatura, na presença do secretário-geral socialista, António Costa, Gonçalo Lopes, que assumiu a liderança do município há cerca de dois anos, apontou como compromissos “resolver definitivamente o problema dos efluentes suinícolas e a requalificação da bacia do Lis”, e “melhorar a mobilidade, com mais e melhor estacionamento periférico e transportes escolares e urbanos não poluentes e com horários atrativos, e mais ciclovias, numa perspetiva concelhia e não apenas urbana”.

“Atrair residentes ao concelho, com mais habitação, a preços controlados e renovada ou construída sob critérios de sustentabilidade e de promoção da vivência comunitária”, “apoiar a instalação no concelho de empresas criadoras de emprego qualificado” e “assumir a cultura e o desporto como fatores de coesão social” são os restantes compromissos elencados pelo candidato.

Gonçalo Lopes adiantou que “as propostas políticas do PS para o concelho de Leiria estão organizadas em dois eixos fundamentais”, o primeiro designado de “Futuro sustentável”, no qual se inserem a mobilidade, a habitação, o ambiente e a economia, enquanto o segundo eixo é a “Qualidade de vida”, em que se incluem a saúde, a qualificação, a cultura e o desporto.

Esta organização “resulta da constatação de que as políticas de desenvolvimento não podem ser desarticuladas entre si, pelo contrário, têm de ser complementares e serem estruturadas em rede”, referiu o socialista.

“Apresentaremos um terceiro eixo, a que chamaremos instrumental, que é transversal a todos os setores e agrupa as propostas ao nível da organização da autarquia”, afirmou, destacando que “esta nova abordagem política consubstancia também a valorização do concelho como um todo”.

“Não quero, não queremos, que haja a cidade e as freguesias. Há apenas o concelho de Leiria”, frisou.

Sobre o trabalho desenvolvido no município pelo PS desde 2009, o cabeça de lista disse ter “muito orgulho”. “Não fizemos tudo, não fizemos tudo bem, mas trabalhámos incansavelmente pelos interesses dos leirienses”, assegurou.

Depois, dirigindo-se a António Costa, também primeiro-ministro, garantiu: “(…) O Governo vai ter de me aturar. Claro que temos princípios e objetivos políticos coincidentes, e isso facilita o diálogo, mas não vou deixar de pugnar pela defesa dos interesses de Leiria e dos leirienses, custe o que custar”.

Salientando ser “militante desde sempre do PS”, Gonçalo Lopes, também presidente da Comissão Política Concelhia, sublinhou que o seu “partido principal é o concelho de Leiria”.

O cabeça de lista do PS à Assembleia Municipal de Leiria é António Sales, médico e atual secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

As autarquias “vão ser essenciais” na saída da crise, defende António Costa

No final da sessão que durou cerca de uma hora, António Costa, afirmou que tem de se reinventar a campanha para as eleições autárquicas, marcadas para 26 de setembro, considerando que será “muito difícil” dadas as limitações causadas pela Covid-19.

Para António Costa, “essa é a condição” para se conseguir alcançar o objetivo de vencer a pandemia, a crise económica e o desemprego e relançar o país “bem mais rápido e mais além no objetivo de convergência com os países mais desenvolvidos da União Europeia”.

Antes, o dirigente socialista referiu-se ao ‘slogan’ da candidatura de Gonçalo Lopes a presidente da Câmara de Leiria.

“Creio que este ‘slogan’ escolhido pelo Gonçalo Lopes ‘Paixão por Leiria, rigor e futuro’ sintetizam bem aquilo que devem ser as marcas da governação municipal do Partido Socialista”, declarou, para acrescentar: “Paixão pela nossa terra e pelas nossas populações, rigor na gestão e olhar sempre para o futuro”.

No seu discurso, António Costa falou ainda nos “momentos absolutamente excecionais” vividos no último ano e meio devido à pandemia de covid-19 e às prioridades decorrentes desta.

Destacando que “as autarquias foram nesta crise uma resposta fundamental pela sua proximidade, pela sua capacidade de agregar e coordenar vontades, e mobilizar recursos”, o líder do partido salientou que “também vão ser essenciais agora, nesta saída da crise, porque ninguém melhor do que as autarquias vão poder agregar e mobilizar os centros de produção de conhecimento e as empresas”.

“E esta região será, seguramente, uma região modelo”, antecipou o socialista, justificando que “dispõe há muito de uma instituição de ensino superior”, o Politécnico de Leiria, que “foi das primeiras a abrir-se ao mundo empresarial”.

Por outro lado, a região de Leiria, “do setor da agricultura à indústria e aos serviços, tem sabido modernizar e superar as crises mais difíceis que tem enfrentado”, sublinhou o secretário-geral do PS, exemplificando com “a crise do vidro”, na Marinha Grande, que “hoje é um sucesso sempre na ponta da produção dos moldes e também nas novas tecnologias”.

“É assim em todo o sul do distrito, com a agricultura, é assim no litoral, com a excelência do turismo surfando a onda do canhão da Nazaré, e não só. É assim no norte do distrito onde tem também força a atividade industrial e também a atividade agrícola e florestal”, adiantou.

Para António Costa, “este é um distrito de excelência que tem tudo para continuar a ser um dos grandes motores do crescimento económico” do país, considerando que a capital, Leiria, “é, necessariamente, a força agregadora de toda esta região”, pelo que tem “de ter à frente do município quem tenha esta ambição de futuro, para com rigor e com paixão levar Leiria para a frente” e ajudar a modernizar a região e o país.

Antes, na Figueira da Foz, na apresentação da candidatura do atual presidente da Câmara, Carlos Monteiro, António Costa voltou a repetir várias das ideias que já tinha plasmado em Coimbra, sobre a resposta do Governo à crise económica provocada pela pandemia.

No entanto, o líder do PS apontou também para algumas propostas que irão beneficiar o distrito, nomeadamente a modernização da linha ferroviária entre Figueira da Foz e Caldas da Rainha, a linha da Beira Alta e o investimento no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e no Porto da Figueira da Foz.

António Costa realçou ainda a oportunidade que o Plano de Recuperação e Resiliência representa para a reforma da floresta, que vai “valorizar esses bens e ativos”, por forma a não continuarem a ser “uma ameaça à segurança das populações”.


Secção de comentários

  • Sérgio Silva disse:

    Fazer em 4 o que não fizeram em 12 anos – e em matéria de efluentes de suiniculturas em oposição ao que fizeram – não é obra, é campanha eleitoral enganosa.

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