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Leiria

Associações feministas marcham hoje em Leiria por mais direitos

Marcha acontece às 18 horas no largo 5 de Outubro e é organizada pela Rede 8 de Março.

estátua pastor peregrino com avental
O núcleo de Leiria da Rede 8 de Março decorou várias estátuas da cidade com aventais, para assinalar a manifestação de hoje Joaquim Dâmaso

Associações feministas e sindicatos vão marchar hoje em 12 cidades portuguesas pelos direitos das mulheres, no âmbito da Greve Feminista Internacional, que acontece em Portugal desde 2019.

Em Leiria, a concentração está marcada para as 18 horas no largo 5 de Outubro e o núcleo de Leiria da Rede 8M (Rede 8 de Março) já espalhou algumas mensagens pelas ruas da cidade: várias estátuas masculinas surgiram ao início desta manhã com um avental com a cor roxa, nomeadamente a estátua do polícia sinaleiro, a figura masculina presente na escultura do Lis e Lena, a estátua dedicada a Luís de Camões (no jardim com o mesmo nome), a do Pastor Peregrino (também no Jardim Luís de Camões), o poeta Francisco Rodrigues Lobo (na praça Rodrigues Lobo) e a letra “L” no letreiro na Fonte Luminosa.

Esta é a primeira face visível da iniciativa dinamizada no âmbito Dia Internacional da Mulher e que exige, entre diversas reivindicações, o fim do trabalho precário, salário igual para trabalhos iguais, o aumento generalizado dos salários a acompanhar a inflação, o congelamento do preço dos combustíveis, dos bens essenciais e da habitação.

No plano da saúde, o movimento Rede 8 de Março pede a reabertura dos blocos de parto, das urgências e dos serviços de Ginecologia/Obstetrícia, a implementação de práticas que valorizem a dignidade corporal das mulheres e que erradiquem situações de violência obstétrica, bem como “mais formação para os profissionais de saúde” no âmbito da comunidade LBTI.

É ainda exigido o fim de penas suspensas e da “impunidade dos agressores”, a criação de “gabinetes de apoio à denúncia do assédio nas instituições de ensino e nos locais de trabalho” e a “efetiva emancipação” das mulheres.

Leia o manifesto completo aqui.

A greve vai para a sua quinta edição e decorre além de Leiria, nas cidades de Aveiro, Barcelos, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Lisboa, Porto e Vila Real. No sábado, chega a Chaves.

A Rede 8 de Março conta hoje com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC), do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS) e do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.).

O movimento, segundo Cheila Rodrigues, ativista do núcleo de Lisboa, pretende “passar a mensagem de que o feminismo não é o que separa”, mas sim o capitalismo, o patriarcado e a opressão.

Apontado ainda para uma “luta histórica”, a ativista recordou que os anos da pandemia foram muito complicados, apesar de a Rede 8 de Março nunca ter saído das ruas.

“Fizemos sempre questão de garantir que algumas companheiras estariam sempre nas ruas, embora existissem assembleias online”, indicou, acrescentado que a partir de quinta-feira, um dia após a marcha, será iniciada a preparação para a iniciativa de 2024.

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